Tempo de Levir no comando é a vantagem atleticana na volta do Brasileiro
Os quase 18 meses de Levir Culpi no comando técnico e a base mantida deram ao Atlético Mineiro uma vantagem na pausa de dez dias no Brasileiro para a seleção estrear nas Eliminatórias: ao invés de usar o período para, enfim, treinar a equipe e afirmar um modelo de jogo, o Galo só resgatou ideias, recuperou corpos e mentes, ajustou setores. Lembrou como se faz no Independência.
O resultado prático nos 2 a 1 sobre o Internacional foi a volta da intensidade combinada com marcação pressão e volume de jogo. Ações de ataque trabalhadas pelos flancos em velocidade, Pratto fazendo o pivô e Rafael Carioca o início da construção das jogadas com passe certo. A melhor saída pela direita, com Marcos Rocha e Luan voando para cima do improvisado Ernando, sem a devida ajuda de Anderson.
Argel perdeu Alisson, Valdívia e Vitinho e seguiu sem o goleiro, substituído por Muriel. A resposta no Horto foi um time lento e inseguro, fora de rotação e perdido em vários momentos com a pressão do adversário. Quando Marcos Rocha recebeu sem pressão de Anderson, Pratto recuou para atrair a marcação e Luan se projetou no espaço vazio, o toque de braço de Rodrigo Dourado provocou o pênalti que o centroavante argentino converteu e construiu a vantagem após 15 minutos de imposição. 12º gol do artilheiro atleticano.
O Colorado só tinha um Valdívia cansado para acionar e não isolar Lisandro López. Foi salvo pela jogada aérea em bola parada: falha coletiva do sistema defensivo atleticano que Paulão aproveitou. Mas não fez o time gaúcho protagonista. Foi a única finalização na direção da meta de Victor, de duas no total. Contra sete do Galo, que ainda teve 53% de posse. Controle da bola também pelos 13 desarmes certos, apenas quatro do Inter.
Mesmo cenário no segundo tempo, com o Atlético avançando as linhas e atacando em bloco até a descida de Douglas Santos encontrar Marcos Rocha na área colorada e definir a vitória que novamente aproxima o vice-líder do Corinthians. Patric foi bem no lugar de Thiago Ribeiro e vai se definindo mais como meia que lateral – sempre foi ala. Vitinho entrou também desgastado no Inter e não conseguiu produzir algo capaz de protagonizar uma reação.
Saldo final: 56% de posse atleticana, nada menos que 18 finalizações contra seis e 22 desarmes certos contra apenas 11, a metade de um Inter sem D'Alessandro e um trabalho consolidado de Argel. O triunfo atleticano sobre seu algoz na Libertadores foi o retrato de um time que voltou a marcar e acelerar como nos melhores momentos da temporada e quer seguir na luta pela taça que não vem desde 1971.
(Estatísticas: Footstats)
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