As primeiras impressões do Liverpool na estreia de Klopp
A expectativa era grande pela estreia de Jurgen Klopp, mesmo fora de casa, no White Hart Lane diante do Tottenham que não perdia há sete jogos. Apesar dos muitos desfalques.
O principal questionamento era se o carismático, mas também tático, treinador alemão conseguiria implementar algumas ideias de seu modelo de jogo já na primeira partida. Os Reds deram algumas respostas, como uma marcação mais adiantada e por pressão com todos participando.
Também o desenho tático. Inicialmente o 4-2-3-1 habitual de Klopp, com Philippe Coutinho um pouco mais fixo pela esquerda, Milner e Lallana alternando à direita e no centro. Depois o 4-3-3/4-1-4-1, que também era variação no Borussia Dortmund, com Lucas Leiva plantado à frente da defesa, Milner e Emre Can nas meias. Coutinho se soltou, circulando e tentando articular. Lallana e o atacante Origi invertendo bastante o posicionamento, solução para tentar compensar as ausências de Sturridge e Benteke no ataque.
Superioridade dos visitantes com uma bola no travessão em cabeçada de Origi que durou até os Spurs se adaptarem à uma mudança necessária: Chadli saiu contundido, entrou Claiton N'Jie. O camaronês se esforçou para participar da dinâmica na frente com Lamela, Eriksen e Kane. Também obrigou Mignolet a fazer grande defesa em chute colocado.
Recuperação e domínio refletidos nos números: 53% de posse da equipe londrina, nove finalizações a sete – duas no alvo para cada lado. Na tentativa de pressão, o Liverpool cometeu mais faltas. O dobro para ser mais exato, oito contra quatro.
Na segunda etapa, mais pressão do time vermelho no setor onde estava a bola e mobilidade na frente, com Milner voltando a aparecer mais pela direita na volta ao sistema inicial. Com isso, recuperou posse de bola e transição.
O Tottenham tentava responder também com "pressing". Faltava, porém, aos dois times a jogada criativa, o passe diferente para desmontar a defesa adiantada pela compactação.
A troca de Lallana por Allen não fez bem ao Liverpool. Induziu o time a recuar e ceder espaços. Não recuperou sequer vigor com Ibe na vaga do exausto Coutinho. No final, Mauricio Pochettino tentou atacar pela direita com Townsend no lugar de Lamela. Teve duas boas oportunidades com Kane, mas não muito mais que isso.
Saldo final: 52% de posse do Liverpool, 13 finalizações do Tottenham contra 12 – quatro a três na direção da meta. Empate que pouco acrescenta às duas equipes na tentativa de se aproximar do líder Manchester City. Para os Spurs, valeu a manutenção da invencibilidade apesar dos cinco empates.
Aos Reds resta dar tempo para Klopp trabalhar. A proposta é boa, mas o treinador precisa manejar as peças disponíveis. Se falta talento, tem que sobrar intensidade e organização.
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