A Ásia (e o Brasil) na rota de River Plate e Barcelona no Mundial
Os favoritos Mazembe e América do México sucumbiram no Mundial Interclubes FIFA. O River Plate vai encarar o campeão japonês em Osaka pela semifinal. Porque o Sanfrecce Hiroshima enfiou três flechas mortais no campeão africano.
A equipe do técnico Hajime Moriyasu atua no 5-4-1 com bom posicionamento defensivo e trabalho coletivo coordenado. Ataca pela direita com o ala croata Mikic aproveitando o corredor deixado pelo brasileiro Douglas, que infiltra em diagonal para se juntar a Hisato, o único atacante.
Eficiência mesmo só na bola parada. Na primeira etapa de apenas 48% de posse e quatro finalizações contra dez do Mazembe. Uma no alvo, a do zagueiro Shiotani. Outra no início da segunda etapa, de Chiba. Dois zagueiros, nos dois escanteios para a equipe até então.
Aos africanos, faltaram objetividade, movimentação e um pouco de respeito aos orientais. Quase num 4-2-4, o "'Todo Poderoso" ficou longe de repetir o feito de 2010. Jogou como se tivesse a convicção de que venceria a qualquer momento, inclusive deixando o veterano e folclórico goleiro Kidiaba no banco.
Muito individualismo, também desatenção na retaguarda. No terceiro do Hiroshima, troca de passes, mais uma descida de Kimic e gol de Asano, que entrara na vaga de Hisato. Belo gol.
Um risco para o campeão da Libertadores que busca o título inédito no atual formato do Mundial Interclubes. A equipe de Marcelo Gallardo sofre com a oscilação natural depois das conquistas continentais seguidas, incluindo a Sul-Americana de 2014. Da base vencedora perdeu Téo Gutierrez, Funes Mori e Cavenaghi.
O uruguaio Carlos Sánchez é o destaque, mesmo já negociado com o Monterrey. A queda de rendimento da equipe foi brusca. Eliminado nas semifinais da Sul-Americana para o Huracán e apenas a nona colocação no Argentino, com duas vitórias nas últimas dez partidas – seis derrotas. A semifinal requer atenção.
Também do Barcelona, apesar do favoritismo absoluto. Três empates seguidos contra Valencia, Bayer Leverkusen e La Coruña, a dúvida no aproveitamento de Neymar.
Uma esperança para o Guangzhou Evergrande, de Felipão, Paulinho, Ricardo Goulart, Robinho e Elkeson. Campeão asiático, invicto há 29 partidas oficiais, 25 com o técnico brasileiro. Virada na fibra sobre o campeão da Concacaf com assistência e gol de Paulinho, este no último lance que lembrou o marcado pelo Corinthians sobre o Vasco na semifinal da Libertadores de 2012.
Mas time espaçado, no 4-2-3-1. O volante Zheng tem bom passe e liderança como capitão, porém afunda muito com a última linha de defesa. Já Paulinho avança para se juntar ao quarteto ofensivo com os três brasileiros, mais Huang, que se sacrifica voltando para dar liberdade aos companheiros mais talentosos.
O América abriu o placar com Peralta, mas não aproveitou tanto os espaços entre as intermediárias. O time chinês não deve repetir contra o Barcelona, que na posse de bola empurra naturalmente o adversário para o próprio campo.
Convém plantar mais Paulinho e definir um dos brasileiros para defender os lados com Huang numa segunda linha de quatro compacta e estreita. Ou sacar Robinho e manter Long Zheng, o autor do gol de empate que fez o lado esquerdo com mais disciplina.
Nada que aumente as chances de surpresa na semifinal de quinta. Se Neymar pode fazer falta ao time catalão, ver Messi recuperando ritmo e a média de um gol por jogo é mais que um alento. Deve garantir a terceira final mundial do argentino, a quarta do Barcelona.
Para Scolari, não levar mais sete gols em um torneio FIFA já será lucro. Se conseguir o milagre apaga a mancha do Mineirão do currículo. Improvável.
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