O que é que o Leicester City, líder na Inglaterra, tem?
– Tem a reinvenção do italiano Cláudio Ranieri com um 4-2-3-1 bem definido, organizado e dinâmico. Intensidade máxima com os ponteiros Albrighton e Mahrez usando pés invertidos, cortando para dentro e finalizando. Ulloah faz uma "sombra" no volante adversário e se junta a Vardy na frente. Sem a bola, a execução básica: duas linhas de quatro, porém nem sempre tão compactas;

Flagrante das duas linhas de quatro do Leicester sem a bola que tenta ser compacta, mas dá espaços e permite linhas de passes (reprodução Fox Sports).
– Tem o ataque mais positivo da Premier League, que compensa o sistema defensivo não tão sólido que já sofreu 22 gols em 16 rodadas. Marcou 34, 26 da dupla Mahrez-Vardy. 11 do franco-argelino, 15 do artilheiro do campeonato – o último com a sétima assistência de Mahrez, que deitou e rolou sobre Azpilicueta. Performance surreal;
– Tem o goleiro Kasper Schmeichel. Sim, o filho do Peter, melhor goleiro do mundo nos anos 1990 atuando pelo Manchester United. O dinamarquês de 29 anos não tem o talento do pai, mas garante sua equipe com boas defesas e liderança no clube que já contou com as defesas de Gordon Banks;
– Tem confiança, que não pára de crescer. A ponto de ser dominado em casa pelo atual campeão Chelsea e, mesmo com míseros 35% de posse de bola, finalizando nove vezes contra 11 dos Blues e perdendo o meio-campista Drinkwater com 17 minutos de jogo, arrancar a vitória da retomada da liderança. Ainda afundar o time de Mourinho, com inacreditáveis nove derrotas e a 16ª colocação, a um ponto da zona de rebaixamento;

O 4-2-3-1 do time de Ranieri que voa no ataque com a dupla arrasa-quarteirão Mahrez-Vardy que superou o frágil sistema defensivo do Chelsea (Tactical Pad).
– Tem a atmosfera mais que favorável no King Power Stadium com a torcida apaixonada e eufórica. Em seus domínios, são cinco vitórias, dois empates e a goleada sofrida para o Arsenal por 5 a 2, a única derrota na competição;
– Tem chances de título inédito? A consistência na campanha, com desempenho e resultados também fora de casa, permite o otimismo do campeão da Championship 2013/14. Na liga mais equilibrada entre os principais centros do planeta, muito pela divisão mais justa da grana farta dos direitos de TV, ao menos é possível sonhar em repetir o Blackburn da temporada 1994/95, o último sem o poder da tradição ou de um mecenas a levantar a taça na Inglaterra.
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