Vitória de líder do Arsenal no Inglês com jeito de Brasileirão. Agora vai?

O Arsenal penou no Emirates Stadium com os desfalques de Arteta, Cazorla e Alexis Sánchez que sobrecarregaram Mesut Ozil na articulação e reduziram as ações ofensivas aos cruzamentos procurando Giroud.

Ramsey e Flamini como a dupla de volantes num 4-2-3-1 complicaram as transições de ataque e defesa, expondo a retaguarda e permitindo as infiltrações do holandês Wijnaldum às suas costas. O Newcastle respeitou os Gunners até a metade do primeiro tempo, pelo mando de campo e por conta da liderança. O time de Arsene Wenger chegou a ter 66% de posse.

Depois o 18º colocado na Premier League avançou as linhas e fez Cech trabalhar. Disputa parelha até Koscielny, na força, marcar o gol da vitória que consolidou a liderança, agora isolada pelo empate sem gols do Leicester City, em casa, contra o Bournemouth.

Inglês com cara de Brasileirão. Pela possibilidade do líder sofrer em seus domínios diante de um time na zona de rebaixamento. Principalmente por conta do equilíbrio de forças que faz as equipes oscilarem demais. A intensidade segue alta, a competição é dura. Até o final da rodada, só nove pontos podem separar o líder do sexto colocado.

Mas o nível técnico achatou. Que inglês hoje é capaz de desafiar com chances reais Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique? Hoje, as possibilidades residem muito mais no imponderável do que na força da, ainda, principal liga do planeta.

Eis a chance do Arsenal. Se ninguém sobra com consistência, todos podem alternar derrotas como os 4 a 0 para o Southampton, quando o topo da tabela parecia tão perto no Boxing Day, e o triunfo sofrido em casa. Vitória de líder, do time que mesmo jogando mal consegue se manter competitivo e arrancar na marra os três pontos. Com fibra quando não vem o espetáculo.

O que faltou em outras temporadas. Ou desde 2004. Agora vai?