Palmeiras segue intenso no ritmo de Dudu, mas também pode controlar o jogo
O sucesso do Barcelona fez o jogo de posse de bola ser valorizado em todo o mundo. Inclusive no Brasil, ainda que um pouco mais tarde.
Se o time tem a bola corre menos perigo atrás e está mais perto do gol que o adversário. Raciocínio óbvio. Mas a execução não é tão simples. Requer técnica, coordenação. Precisão para não ser surpreendido em um contragolpe. Principalmente inteligência para saber a hora de acelerar na zona de decisão: o último terço de campo no ataque.
Mas o futebol é generoso e democrático. É possível vencer de várias formas, inclusive colocando velocidade o tempo todo, definindo rapidamente a jogada. Vertical, direto. Às vezes apressado.
Como o Palmeiras de Marcelo Oliveira, campeão da Copa do Brasil e mostrando já na estreia do Paulista contra o Botafogo em Ribeirão Preto que deve seguir com intensidade, no ritmo do elétrico Dudu.
O posicionamento inicial mais centralizado no 4-2-3-1 dá ao camisa sete, principal contratação de 2015, a liberdade para circular por todo o ataque. Pela esquerda, o lindo drible no bom zagueiro Caio Ruan. Dudu cria e finaliza, como no segundo gol em contragolpe letal.
Lindo lançamento de Robinho, que trabalha mais próximo aos volantes Arouca e Thiago Santos e também tem autonomia para aparecer pelo meio, mas partindo do lado direito. Sem muitos passes de controle para ficar com a bola e dar pausas ao jogo.
O Palmeiras teve 53% de posse muito mais pelo volume de jogo. Arrisca a ligação direta para ganhar a segunda bola e seguir atacando. 83% de efetividade nos passes contra 86% do adversário. Tentou 53 lançamentos e acertou 19. Mas só 52 perdas de bola, enquanto o Bota perdeu 56.
Apesar do jogo direto, Alecsandro, substituto de Barrios, reclamou no primeiro tempo por ser pouco acionado e ter que recuar para trabalhar a bola. Até Lucas centrar na cabeça do centroavante para abrir o placar. Um dos três cruzamentos corretos em 16 tentativas.
Com o retorno de Gabriel e o aproveitamento de Jean, o meio-campo pode reter um pouco mais a bola e evitar esse bate-volta. Importante para não desgastar tanto e dar um respiro para a defesa que ainda não foi vazada na temporada. Muito por conta de Fernando Prass e da última linha mais bem posicionada, no segundo tempo com três zagueiros após a entrada de Roger Carvalho. Mas ainda sofre.
O ideal no futebol atual, ou desde sempre, é ter um time inteligente e adaptável. Até o Barca teve que rever conceitos dentro do próprio estilo e acrescentou Suárez e Neymar para ser rápido e contundente quando necessário.
Na realidade brasileira, o time de Marcelo Oliveira pode ser ainda mais consistente se aprimorar a leitura de jogo e aprender a ficar com a bola em alguns momentos apenas para variar o ritmo. Ainda que com passes curtos e sem objetivo imediato.
Para Robinho acionar Dudu na hora certa. Para o Palmeiras do elenco robusto ser forte e competitivo na Libertadores, meta maior do clube em 2016.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.