Falta de intensidade impede São Paulo de voltar classificado do Peru
Foram exatos quinze minutos em ritmo de treino em Trujillo. Os setores muito espaçados do César Vallejo permitiam ao São Paulo trocar passes no meio, inverter o lado da jogada e fazer dois contra um pelos flancos. Com imensa facilidade.
Na primeira, passe de Centurión, que iniciou à esquerda e depois inverteu com Michel Bastos, ultrapassagem de Bruno e centro na cabeça de Alan Kardec. Bola no travessão e depois entrou, inteira. A arbitragem ignorou. Depois um corredor livre para Mena servir Ganso e outra bola no travessão.
O toque era fácil pela marcação distante e frouxa do time peruano. Nem parecia partida de Libertadores, inclusive pelo estádio vazio.
Até o golaço de Copa do Mundo do meia Hohberg, primeira finalização dos donos da casa. Chute espetacular que mostrou que mesmo com todas as limitações era possível vencer.
Porque o tricolor paulista teve 67% de posse, nove finalizações a quatro – três a dois na direção da meta. No entanto, mesmo ficando menos tempo com a bola, os nove desarmes certos contra cinco são-paulinos foram sintomáticos para deixar nítida a vontade maior de competir do César Vallejo.
Edgardo Bauza apelou para Calleri no segundo tempo, mesmo sem o mínimo entrosamento com os companheiros. O atacante argentino entrou elétrico, primeiro com trombada inexplicável que rendeu amarelo. Depois fez tudo ganhar sentido ao aproveitar falha do zagueiro Cardoza e marcar golaço de cobertura. Passe de Ganso, que novamente viveu de lampejos. Continua faltando consistência.
O empate foi a senha para um jogo aberto, com o São Paulo, mesmo numa espécie de piloto automático, dominando e partindo para uma blitz final que quase terminou em vitória. No Pacaembu, só uma atuação trágica é capaz de evitar o óbvio. Mesmo com os muitos problemas defensivos, especialmente no setor de Mena.
Saldo final: 65% de posse, 16 finalizações são-paulinas contra seis. Dezoito desarmes corretos do Cesar Vallejo contra doze. 29 cruzamentos da equipe brasileira, apenas cinco corretos. Faltou precisão. E a intensidade em boa parte dos noventa minutos que poderia ter garantido já na ida mais uma fase de grupos para o tricampeão sul-americano.
Por isso o caminho para Bauza formar um time sólido e duro de ser batido será longo. Com Calleri. E Lugano, que sem entrar em campo já parece solução para a frágil retaguarda. Idolatria à parte, não deixa de ser preocupante.
(Estatísticas: Footstats)
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