Real Madrid paga pela desconcentração - nunca menospreze um alemão!
O time merengue teve 15 minutos de domínio na Volkswagen Arena. Trocando passes, encontrando brechas entre as linhas adversárias, iniciando a marcação no ataque. Foi às redes com Cristiano Ronaldo, impedido por pouco, finalizou com Benzema e Bale.
O que parecia óbvio desde o sorteio dava a impressão de que se concretizaria naturalmente em campo. O Wolfsburg se defendia num 4-1-4-1, com Luiz Gustavo à frente da defesa. Mas penava atrás no confronto direto com os avantes rivais.
Até o pênalti de Casemiro sobre Schurrle que Ricardo Rodríguez converteu aos 17 minutos, encerrando a invencibilidade de Navas – 738 minutos. Draxler, aberto à esquerda na linha de meias como nos melhores tempos de Schalke, ficou no mano a mano com Danilo, escalado por Zidane para aumentar o poder ofensivo fazendo dupla com Bale.
Quatro minutos depois, o camisa dez cortou da esquerda para dentro, encontrou Bruno Henrique livre pela direita, com Marcelo mal posicionado. Passe do brasileiro, ex-Goiás, gol de Arnold.
Seis minutos de desconcentração. Marcação frouxa, defesa exposta. Letal no jogo. Quem sabe no confronto? Este que escreve já abordou a importância de atenção e intensidade no máximo de tempo possível dentro dos noventa minutos – leia AQUI. Vale o reforço.
O Real Madrid teve 59% de posse, finalizou 21 vezes contra dez. Mas apenas três no alvo, contra sete do Wolfsburg. Eficiência do time de quatro brasileiros, dois suíços, um francês, um português. Três alemães – Arnold, Draxler e Schurrle.
Principalmente o espírito germânico. De acreditar no improvável, Aproveitar o relaxamento do oponente para o golpe fatal. Com persistência, disciplina, abnegação. Também a técnica que desmancha os clichês de outros tempos. Que não fazem mais sentido depois dos 7 a 1.
O Real está vivo, mas no Bernabéu terá que ser gigante. Contundente. Com foco, fazendo o pressing. Mas sem descuidar da retaguarda. Porque o Wolfsburg, mesmo trôpego na Bundesliga e sem o fulgor da temporada passada com De Bruyne, não vai se curvar tão fácil.
Fica a lição para todos nós: nunca menospreze um alemão!
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