Mais um feito dos herois de Simeone sobre o Barcelona que "virou o fio"
O maior desafio para se manter no topo em alto nível na Europa é o estudo obsessivo dos adversários buscando anular virtudes e explorar deficiências. Principalmente a dificuldade de preservar a "fome" para superar a exaustão física e mental, além do natural relaxamento.
Não por acaso, o último bicampeão europeu foi o Milan, de 1988 a 1990. Nem o Real Madrid galáctico, nem o Barcelona de Guardiola.
O de Luis Enrique "virou o fio". A preparação que fez o time voar na reta final da temporada passada falhou em algum momento. Também porque o sucesso e as conquistas fizeram a equipe catalã disputar mais jogos, inclusive um Mundial Interclubes.
De repente o time que parecia imbatível e o trio MSN já sendo citado como o melhor ataque da história travaram. Pararam. Cansaram. Perderam intensidade na marcação adiantada e por pressão, mobilidade e brilho na frente. A mágica desapareceu.
Só restou a posse de bola. 72% no Vicente Calderón. Inócua. Ou só ameaçou num abafa final, rodando a pelota e levantando na área. Pode lamentar o pênalti no centro de Iniesta que Gabi cortou com o braço dentro da área. O árbitro Nicola Rizzoli viu fora. Muito pouco diante dos heróis de Diego Simeone.
O Atlético de concentração absoluta na execução do seu plano de jogo. Primeiro tempo no 4-4-2, segunda etapa no 4-1-4-1. Compactação, vergonha zero de dar de bico para se livrar do perigo, pressão para tentar evitar o passe limpo do oponente. Transição ofensiva em alta velocidade e jogadas aéreas. Assim como o tocante clima de comunhão com a torcida em Madri.
Para decidir, Antoine Griezmann. Jogando como a referência na frente com a ausência de Fernando Torres. Primeiro completando de cabeça o centro de Saúl, outro destaque. No final cobrando pênalti de Iniesta em bela jogada de Filipe Luís. Agora são seis gols na Liga dos Campeões, 29 na temporada que da expectativa de nova tríplice coroa do Barça pode ser deste incrível time colchonero.
Simeone pensa jogo a jogo. E compete segundo a segundo, gota a gota de suor. Sim, muitas vezes exagera nas faltas e provocações. Mas mudam as peças, o espírito permanece. Está novamente nas semifinais da principal competição de clubes do planeta e de novo pode ser o "intruso" na liga nacional fadada até financeiramente a ser dominada por Barcelona e Real Madrid.
Protagonistas de mais um grande feito. Mas nem precisaram de uma atuação perfeita para repetir 2014 e mandar o gigante e favorito para casa nas quartas-de-final.
É bem provável que Luis Enrique não esperasse a queda de rendimento de sua equipe. Mas sabia desde o início que o Atlético seria o pior adversário possível. E foi.
(Estatísticas: UEFA)
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