Corinthians eliminado por repetir velhos erros brasileiros na Libertadores
Os times brasileiros costumam receber os adversários na Libertadores esperando apenas dois cenários: retrancas ferozes, mas normalmente sem muita organização e abdicando até dos contragolpes, ou times mais técnicos que tentavam jogar, porém frouxos defensivamente. A exceção, normalmente, é o Boca Juniors.
O futebol mudou, mas é difícil abandonar certos conceitos. De jogadores e também comentaristas. Mesmo quando eles são quebrados com alguma frequência. O Corinthians pecou em sua Arena ao acreditar que o Nacional entraria acovardado.
Ficou claro no início marcando com os olhos. Impressionou uma equipe de Tite sem exercer pressão no homem da bola e pessimamente posicionada, deixando buracos incomuns entre os setores. Não fosse Cássio e o estrago seria bem maior que o gol de Nicolas López, no rebote com toda a defesa assistindo.
O Nacional fez o simples: duas linhas de quatro buscando estreitar a marcação. Transição rápida e simples com Sebastián Fernández tentando acionar os pontas Barcia e Ramirez. López circulando, retendo a bola, abrindo espaços, infiltrando para finalizar.
Intensidade e concentração. Fechando o lado de Fagner e Giovanni Augusto com Espino e Ramirez. Só deixou espaços na jogada que terminou no gol de Lucca. Também errava na proteção às infiltrações de Elias.
Expectativa do visitante se desmanchar com a atmosfera desfavorável. A resposta do time uruguaio foi de força mental, preservando o plano de jogo. Brasileiros com 63% de posse, nove finalizações a quatro. Mas três do Nacional no alvo contra apenas dois do mandante.
Objetividade que se confirmou no gol de Santiago Romero em novo rebote sem ação da retaguarda corintiana. Mais uma vez a ilusão de que encurralaria um rival assustado. Tite demorou a mexer. Tentou Romero, Marquinhos Gabriel. Depois Danilo.
Abafa e pênalti. André, totalmente fora do jogo, errou. O quinto desperdiçado pelo time em sete penalidades na temporada. Destempero, Fagner expulso. Até Tite parecia jogar a toalha. Outro pênalti. Marquinhos Gabriel mostrou em pouco tempo que deve ser titular e o cobrador oficial.
Empate, mas a esperança se foi na chance derradeira de Romero, a última das 18 finalizações da equipe. Talvez o árbitro argentino Nestor Pittana pudesse dar mais um minuto, porém não serve como desculpa.
O Corinthians falhou de novo em casa. Mesmo descontando a reconstrução e a falta de "casca" deste elenco remodelado. Muito por repetir velhos erros brasileiros em outras eliminações. O maior deles: confiar em torcida, camisa e outras questões alheias ao jogo, à disputa.Pecamos também nas análises transferindo favoritismos exagerados. A realidade é bem mais dura.
(Estatísticas: Footstats)
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