Invencibilidade fora e status de “zebra”: os trunfos do Internacional
O Internacional ficou a uma vitória da última vaga no G-4 em 2015. Dois pontos atrás do São Paulo, muito por conta da fraquíssima campanha longe do Beira-Rio: dez derrotas, seis empates e três vitórias. Pouco ou nada valeu a sólida campanha do returno, inferior apenas à do campeão Corinthians, que caiu no Beira-Rio por 2 a 1.
Com o hexa gaúcho, sem D'Alessandro. Aproveitando bons valores da base, mais adaptado à proposta pragmática de Argel Fucks, o Colorado vem diferente para a edição 2016 da principal competição nacional.
Sim, sofreu na estreia no Beira-Rio diante da organizada Chapecoense de Guto Ferreira que negou espaços. Empate sem gols e um ponto de interrogação. O time teve posse, mas circulou demais a bola entre os defensores e Fernando Bob, o volante que qualifica a saída e melhor passador. Muitos cruzamentos e dificuldade para criar brechas na retaguarda adversária.
No entanto, o time rápido compensa a falta de criatividade nos jogos fora com agilidade na transição ofensiva para aproveitar os espaços deixados pelos rivais que tentam propor o jogo e fazer valer o mando de campo.
Entra em ação a velocidade de William aproveitando o corredor pela direita, Vitinho voando do lado oposto, Andrigo se aproximando de Eduardo Sasha. Diante do São Paulo no Morumbi, Anselmo se juntando a Bob e Fabinho na proteção à defesa. Contra o desfalcado Santos, a ousadia com mais um garoto: Gustavo Ferrareis mais à direita formando o quarteto ofensivo. Mas sem perder compactação.
Outro jovem foi decisivo: Aylon, que substituiu Vitinho para fazer o time dos contragolpes definir na jogada aérea em bola parada e encerrar a histórica sequência invicta do alvinegro praiano na Vila Belmiro: 29 partidas. Na temporada, são sete vitórias e seis empates como visitante.
A vice-liderança com os mesmos dez pontos do rival Grêmio foi construída também com a vitória por 1 a 0 sobre o lanterna Sport. E deve ser assim ao longo do campeonato. Triunfos em Porto Alegre na camisa, na vontade, no "abafa". Na persistência do futebol de resultados de Argel. Fora, a juventude e a inteligência para acelerar e surpreender. Não por acaso está invicto há 17 jogos.
Pelos números do Footstats, o time gaúcho não lidera em nenhum fundamento, coletiva ou individualmente. Também não encanta. Mas é e será competitivo. Pode ganhar criatividade com o meia venezuelano Seijas quando ele voltar da Copa América. Também presença de área com Ariel, ex-Coritiba. Sem contar o retorno de Valdívia. A melhor notícia, porém, é a transição segura e serena na meta: de Alisson para Danilo Fernandes, que já se destaca com defesas importantes.
Trunfos que tornam o Internacional forte, mas não favorito ao título que não conquista desde a campanha invicta em 1979. O lado vermelho da capital gaúcha deve preferir assim. Nos últimos anos de nada serviram a badalação e o prestígio de elencos milionários, inclusive os que venceram duas Libertadores e um Mundial.
Quem sabe o status de "zebra" não muda essa história?
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