São Paulo foi fé e garra, mas também organização. Não bastou
Externamente o discurso do São Paulo era de fé, garra, peso da camisa. Recursos para manter time e torcida mobilizados. Legítimos.
Mas Edgardo Bauza sabia que só isso não bastava. Por isso organizou seu time e cobrou concentração e paciência. Duas linhas de quatro, Centurión circulando para criar superioridade numérica pelos lados e o artilheiro Calléri na área do Atlético em Medellín.
Defender e atacar, sem afobação. Pelo menos no início sem espaçar os setores em busca dos gols necessários. Conseguiu aos oito pelo atalho à esquerda, com Michel Bastos e Mena. Oitavo gol do argentino, bela contratação pontual que mudou o tricolor de patamar ofensivamente. Houve ainda bola no travessão.
O problema é que o risco calculado continua sendo um perigo. Adiantar as linhas sempre significará expor o veterano Lugano. Líder incontestável, ídolo histórico do clube. Mas que não suporta mais o trabalho de recuperação e cobertura de um zagueiro.
Sabendo não ser possível acompanhar Borja na velocidade, tentou antecipar o movimento do adversário e errou. Bola nas costas, Bruno não alcançou, terceiro gol do atacante revelação pelo Atlético Nacional.
Empate que não desmanchou o time de Bauza. O São Paulo seguiu coordenando bem os setores e não entregou a bola para a equipe mais técnica. Hudson teve a chance de garantir a sobrevida no final do primeiro tempo, mas foi desequilibrado por Bocanegra. Pênalti ignorado por Patrício Polic.
A arbitragem sul-americana que costuma ser caseira era um obstáculo a mais para o time brasileiro. O principal, porém, era a consistência e o volume de jogo dos comandados de Reinaldo Rueda que empilharam chances e fizeram Denis trabalhar.
Quando Bauza arriscou Kardec na vaga de Hudson, escancarou as costas dos volantes Thiago Mendes e Wesley para Macnelly Torres acionar Berrio e Moreno alternando pelos flancos e Borja, que matou o jogo e o confronto num pênalti discutível. De novo o apito caseiro. Com as expulsões de Wesley e Lugano a disputa acabou.
O torcedor passional tem o direito de jogar a derrota na conta da arbitragem e lamentar as ausências de Maicon e Ganso, mas não pode questionar a eliminação na semifinal da Libertadores. O São Paulo lutou e fez campanha digna. O time mais forte vai decidir quem é melhor da América.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.