Vitória atleticana não passa pela ausência de Gabriel Jesus no Palmeiras
Foi a primeira vitória do Atlético Mineiro fora de Belo Horizonte. A primeira derrota do time de Cuca no Allianz Parque. Na volta de Marcelo Oliveira ao estádio. Não por acaso.
O Galo foi competente para aproveitar o contexto do jogo. O calor às onze horas tirou intensidade do Palmeiras. A opção por um ataque rápido e móvel com Roger Guedes, Dudu e Erik, foi infeliz, já que o time não conseguia ter discernimento para articular as jogadas com bola no chão.
A temperatura mais desconfortável fez a equipe mais experiente minimizar os efeitos dos desfalques de Marcos Rocha, Douglas Santos e Cazares e também de um problema coletivo grave: o espaçamento entre os setores. O Galo defendia num 4-1-4-1, com Rafael Carioca à frente da defesa, Maicosuel e Robinho alternando pelas pontas. A transição ofensiva era sem pressa.
No ritmo de Robinho, Fred e Fabio Santos, que articularam a jogada do gol único, de Leandro Donizete. Volante mais adiantado com Lucas Cândido que apareceu na frente do goleiro Vagner, substituto de Fernando Prass. Uma das duas finalizações dos mineiros na primeira etapa.
O goleiro a serviço da seleção olímpica pode ter feito falta pela experiência no momento de adversidade. Moisés pelos passes e pelas cobranças de lateral. Já Gabriel Jesus foi ausência sentida naturalmente por ser o melhor jogador (ainda) atuando em nossos campos.
Mas não justificam a atuação ruim. Faltou coordenação entre os setores, qualidade e rapidez na construção. O calor desgastou e o visitante marcou bem, de forma compacta. Cuca pode pensar em um centroavante de maior imposição física para receber os cruzamentos.
Não o desespero de colocar Alecsandro e Barrios e matar o meio-campo, o que forçou o técnico a trazer Zé Roberto para o centro e abrir Tchê Tchê na lateral em vários momentos para qualificar o toque na intermediária.
Marcelo Oliveira tentou os contragolpes com a volta de Luan no lugar de Maicosuel. Também reter a bola na frente com Lucas Pratto na vaga de Fred e se defender com Yago no lugar de Leandro Donizete. Só precisou conter o abafa sem ideias do líder do Brasileiro. Foram 56% de posse, mas apenas nove finalizações – cinco no alvo.
O Atlético precisava pontuar longe de seus domínios para figurar como candidato real ao G-4. Se mantiver a organização é missão mais que possível. Ao Palmeiras cabe não desesperar, nem transferir a culpa para a convocação de Rogério Micale.
O Palmeiras não perdeu porque jogou sem seu maior talento.
(Estatísticas: Footstats)
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