Brasil é o único bobo no futebol e precisa partir do mais básico
Em 2016 só existe um bobo no futebol: certo país que parece viver num mundo paralelo, parado no tempo em que se vencia, até goleava, só pelo peso da camisa e na base do talento individual.
No Brasil ainda há a crença de que o triunfo virá no piloto automático, que o adversário sem tradição entrará derrotado porque vai enfrentar a seleção cinco vezes mundial. E se não acontecer é demérito do favorito. "Faltou raça", "a geração é fraca", saudosismo. As negações são muitas.
Só que já é hora de acordar. Não Rogério Micale e os jogadores, inseridos no contexto do jogo atual, com equilíbrio no mundo todo. Mas todos que criam essa atmosfera insuportável de pressão.
"Em casa, tem que golear o Iraque!" Como, se este tem a base da seleção semifinalista do mundial sub-20 de 2013 e um trabalho coletivo muito mais consolidado que a reunião de bons jogadores que Micale tenta transformar em equipe?
"Ah, porque é o Brasil!" Até quando vamos nos enganar e criar uma realidade virtual que destroi nossos jogadores mentalmente? Vamos queimar geração atrás de geração? Vamos acabar com a carreira de Gabriel Jesus que Guardiola levou para o Manchester City? Vamos viver da saudade de Pelé, Garrincha, Romário e Ronaldo e execrar Neymar, que é tratado como o futuro do Barcelona? Quem está errado? O mundo inteiro?
É preciso partir do mais básico: é uma disputa de 90 minutos, onze contra onze, vence quem marca mais gols. Só há jogo tranquilo quando é facilitado por quem constroi naturalmente uma goleada. Com jogo coletivo bem pensado e trabalhado. Não a forceps, nunca mais na base do pensamento mágico, na mística, na verde e amarela, na jogada individual. Esqueçamos isso!
Se não mudar a mentalidade, perder a chance do ouro olímpico em casa será apenas mais um revés para ficar remoendo como um tolo. Sem sair do lugar.
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