O Brasil dos quatro atacantes que não sofre gols. Porque todos defendem
Foi um jogo diferente. Pela rivalidade recente com a Colômbia, por ser o primeiro confronto eliminatório na Olimpíada e pela torcida paulista, quase sempre ácida com a seleção brasileira, apoiando o tempo todo na Arena Corinthians.
O gol de Neymar de falta aos onze minutos ajudou. A única finalização no alvo no primeiro tempo – cinco brasileiras, quatro colombianas. Atrapalhou o clima bélico que podia ter rendido um vermelho a Neymar pelo destempero porque o rival não teve fairplay. O capitão brasileiro cavou três dos quatro cartões amarelos do oponente, fora o próprio.
Não teve jogo em 45 minutos. Pior para o Brasil, pois sobravam espaços entre os setores colombianos, mas o quarteto ofensivo errava nos contragolpes por pura tensão.
No segundo tempo, com o perigoso Borja, meteoro artilheiro do Atlético Nacional campeão da Libertadores, a disputa foi tática. E aí saltou aos olhos o trabalho coletivo da equipe de Rogerio Micale. Especialmente sem a bola.
O 4-2-3-1, ou 4-2-4 ganhou solidez com Gabigol e Gabriel Jesus pelos flancos, Neymar e Luan centralizados. Em tese, quatro atacantes. Na prática, todos participam da pressão no campo adversário ou voltam na recomposição e defendem em trinta metros. A entrega de Jesus pela esquerda foi impressionante. Para pulverizar todos os clichês.
Protegidos ou expostos quando as linhas avançam, Marquinhos e Rodrigo Caio estiveram perfeitos. Rápidos nas coberturas, corretos na saída de bola, atentos no jogo aéreo. O zagueiro do PSG um pouco acima do são-paulino, que ainda hesita em alguns momentos. Mas não compromete.
Atuação madura na segunda etapa, controlando com Thiago Maia no lugar de Gabriel para fazer dupla com Walace, liberar Renato Augusto e transferir Luan para o lado direito. Autor do segundo, com passe de Neymar. Golaço encobrindo Bonilla para premiar a consistência. Do gremista e da seleção.
A Colômbia, mesmo eliminada, consolida o bom momento e pode ter uma geração do mesmo nível ou superior à atual. Não por acaso manda no continente no universo dos clubes.
Mas é o Brasil que avança às semifinais contra Honduras. Maduro para compensar o nível técnico pouco abaixo na partida e com os zagueiros voando no time que não sofre gols. Porque todos trabalham.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.