Continuidade é a lição do vôlei masculino ao futebol brasileiro
O maior treinador da história dos esportes coletivos chama-se Bernardo Rezende. Dezesseis anos de pódios em esporte tão equilibrado, com um tricampeonato mundial, oito ligas mundiais e agora a segunda medalha de ouro no vôlei masculino.
A última em casa, com uma geração nem tão talentosa quanto outras que só viram prata, inclusive a de 1984. Mas que souberam superar primeira fase complicada, desconfianças, lesões de Lipe e Lucarelli. Para atropelar na reta final Rússia, algoz em Londres 2012 e Itália, freguês histórica.
Sim, Bernardinho é uma lenda. Sua capacidade de trabalho para se manter competitivo é única. Mas viveu crises, como o afastamento de Ricardinho, então melhor levantador do mundo, em 2007. Ou os seis anos sem conquistas desde o Mundial de 2010, embora quase sempre nos pódios. É de difícil trato, tem vários desafetos e críticos.
No imediatismo do futebol, talvez fosse trocado. Mas seguiu para o quarto ciclo olímpico. Continuidade. Que facilita a transição de gerações, porque há controle de todos os processos, experiência e conhecimento no trabalho para passar confiança a quem chega. Tem também a possibilidade de aprimorar, ao invés de começar do zero.
Que o time de Wallace, Bruno, Serginho, Lucão, Lucarelli, Lipe e Maurício Souza sirva de exemplo de superação e força coletiva. Que Bernardinho seja eternizado e seu perfeccionismo inabalável, a busca constante da excelência o norte seguro para qualquer profissional.
Mas que a continuidade seja a grande lição para o nosso futebol. Porque ganhar ou perder depende de tantas coisas. Uma bola roçando a linha ou batendo na trave. Uma decisão por pênaltis.
O que importa é o planejamento inteligente e a execução como consequência do treinamento e do conhecimento. A história mostra: uma hora o topo do pódio chega.
Chegou para Bernardinho e seus comandados, numa catarse coletiva no Maracanãzinho. O campeão voltou!
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