O velho Botafogo dos gols perdidos recoloca o Atlético-PR no campeonato
Sassá tem nove gols no Brasileiro, só fica atrás de Gabriel Jesus e Robinho na artilharia. Vindo da base, mostra que o Botafogo perdeu tempo e dinheiro com o combo de sul-americanos que não resolveu o problema na frente. Pelo contrário.
Mas o jovem atacante foi infeliz na grama sintética da Arena da Baixada e fez ressurgir o velho Botafogo. Organizado, com padrão de jogo mesmo como visitante, valorizando a bola…mas perdendo chances no ataque.
Podia ter se desmanchado com o gol de Hernani logo aos seis minutos – bola parada, mais mérito da jogada aérea bem treinada que falha do sistema defensivo. Sofreu mais cerca de vinte minutos para se adaptar ao gramado e saiu para propor o jogo.
O esquema com três volantes desmancha o losango quando Bruno Silva desce pela direita com Luis Ricardo e se junta a Camilo centralizado e Neílton à esquerda, com Sassá adiantado. Descendo pela direita, Bruno acertou o travessão de Santos, o substituto de Weverton na meta da equipe de Paulo Autuori.
Fechada com duas linhas de quatro e tentando acelerar com Pablo para acionar André Lima. Sofreu sem volume de jogo e também porque o Botafogo empurrava Otávio para perto dos zagueiros Paulo André e Thiago Heleno, dificultando a saída de bola.
A chance de Sassá na pequena área no fim do primeiro tempo poderia ser a senha para a virada. Mas finalizou bisonhamente, por cima. Compreensível pela idade, assim como Ribamar no Estadual. É o preço que o clube paga pela redução drástica na capacidade de investimento para equacionar dívidas.
Assim interrompeu a seqüência de duas vitórias sob o comando de Jair Ventura após a saída de Ricardo Gomes para o São Paulo, que com o jogo adiado contra o Grêmio alimentou esperanças de tentar algo mais que fugir da zona do rebaixamento. A atuação sólida mantém as boas perspectivas, mas é preciso recomeçar. Sem desperdiçar tantas oportunidades.
Melhor para o Atlético, redimido depois de quatro derrotas – três no Brasileiro, mais a que sofreu para o Grêmio na Copa do Brasil. Equipe competitiva, que flertou com a crise por causa da própria competência ao se aproximar do G-4 e mudar de patamar também na exigência de torcida e imprensa.
Os três pontos aliviam o bom trabalho de Autuori e recolocam no campeonato, a quatro do Corinthians, quarto colocado. Mas é preciso voltar a evoluir no desempenho. Desta vez foi salvo pelos gols perdidos pelo Bota, que mantém a rotina dos tempos de Ricardo Gomes: oscila mais nos resultados, perdendo por detalhes, que no desempenho.
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