A lógica continua: a Bolívia não é mais boba! O Brasil é que jogou fácil
Assim que o grupo brasileiro ficou definido após os cortes de Douglas Costa, Marcelo e Casemiro era possível vislumbrar uma formação mais ofensiva contra a Bolívia em Natal. Saindo temporariamente do 4-1-4-1.
Porque Neymar vem jogando bem no Barcelona como atacante ao lado de Suárez na ausência de Messi, Giuliano se sente mais à vontade pela direita e Phillipe Coutinho à esquerda numa segunda linha de quatro com Fernandinho e Renato Augusto no centro. Todos confortáveis.
Tite preferiu consolidar o desenho tático da seleção, mesmo fazendo três alterações forçadas com a suspensão de Paulinho e uma por opção, tirando Willian e posicionando Coutinho à direita para ser o ponta articulador, deixando Neymar mais agudo e próximo de Gabriel Jesus. Com mobilidade.
E eficiência, a marca do primeiro tempo na Arena das Dunas. 68% de posse de bola, seis finalizações, quatro no alvo. Nas redes. Em 45 minutos. Começando com mais uma bola roubada de Neymar no campo de ataque para tabelar com Jesus e abrir o placar.
No segundo, valeu o instinto dos jogadores. Giuliano fez bela jogada aberto pela direita e assistiu Coutinho no centro. Depois Neymar serviu Filipe Luís e Jesus para construir a goleada. E uma atuação sólida, com marcação pressão, mobilidade e troca de passes – nada menos que 300 corretos e apenas 23 errados.
Consistência. Diante de uma Bolívia que é vice-lanterna nas Eliminatórias, mas vinha de vitória sobre o Peru e empate sem gols fora de casa com o Chile campeão da Copa América. Nenhuma goleada sofrida até então. Não é mais a boba de outros tempos. Quase mais ninguém sofre pela ingenuidade no futebol atual. Foi envolvida pelo bom desempenho brasileiro. Méritos de Tite.
No segundo tempo, ritmo de treino. Até pelas entradas bruscas dos visitantes. Por isso a saída de Neymar, que cumpriu ótima atuação e marcou seu 300º gol na carreira, mas novamente se mostrou irritadiço, apanhou muito e levou mais um amarelo – está suspenso para o jogo contra a Venezuela.
Valeu para mostrar a Willian que ele ainda é importante e deve ser titular contra a Venezuela, dar minutos a Lucas Lima e Firmino, que aproveitou a oportunidade marcando o quinto gol. Alternativas que aparecem em uma seleção organizada e motivada. Em evolução. Na bola jogada e na tabela de classificação.
A lógica continua: Bolívia não é mais a carne assada de outros tempos. O Brasil é que jogou fácil.
(Estatísticas: Footstats)
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