Grêmio campeão! A agonia de 15 anos chega ao fim com Renato e Roger
O Grêmio teve todos os méritos nos 3 a 1 no Mineirão, aproveitando os muitos erros do adversário. Mas que fique a lição para o Atlético Mineiro – e parece já ter aprendido ao contratar Roger: se o time tivesse a organização que apresentou na Arena do Grêmio no jogo em casa, muito provavelmente a decisão da Copa do Brasil teria sido mais parelha.
Renato Gaúcho não tem nada a ver com isso e pode comemorar. Até porque o time tenso da grande final carregou o peso dos 15 anos sem títulos nacionais e se valeu muito da coordenação defensiva no próprio campo que o técnico trabalhou e aprimorou na equipe comandada por Roger.
Duas linhas de quatro, mais Douglas e Luan voltando para fechar no próprio campo. Muita tensão na Arena. Absolutamente compreensível por tudo que estava em jogo. Mistura de emoções também pelas homenagens tocantes às vítimas do desastre na Colômbia.
O Galo tentou no primeiro tempo com três volantes liberando Fabio Santos para aproveitar o corredor pela esquerda e Robinho e Luan se aproximando de Pratto. Mais trocas de passes, linhas próximas e mobilidade no ataque. Faltou o capricho na finalização.
Assim como Everton perdeu gol feito no contragolpe com passe genial de Douglas. Victor salvou. E praticamente não teve jogo na segunda etapa. O Atlético tentando já um tanto desanimado e até sem propósito com a vaga na fase de grupos na Libertadores garantida pela exclusão dos mexicanos.
Tentou e lutou. Faltou também a eletricidade da torcida no estádio lotado que garantiu o time mineiro tantas vezes em seus domínios. No final, o contragolpe bem engendrado que terminou na assistência de Everton e gol de Miller Bolaños, a grande contratação da temporada.
Para fechar a noite, um golaço do meio-campo de Cazares. Muito mais como homenagem ao futebol e à Chapecoense do que qualquer chance real de reação. A catimba de Bolaños acabou com o jogo. E depois do apito, o sangue quente fez os jogadores se perderem. Ainda precisamos amadurecer.
Apesar de tudo, a conquista do tricolor gaúcho para o Brasil ver. Simbólico. Do carisma de Renato Gaúcho, que joga tudo para cima e ajuda a dar certo. Também de Roger, especialmente pela sólida atuação coletiva na ida com jogo apoiado e movimentos memorizados no trabalho anterior.
Lágrimas de dor e consternação no início, de alegria e alívio no final. Uma conquista emblemática do novo Rei das Copas do Brasil com cinco conquistas. Ainda um pouco triste pela cicatriz no país que não fecha, mas digna da celebração da massa em transe.
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