A montanha russa de emoções do Botafogo até o "título" do G-6
O Botafogo garantiu a vaga na fase preliminar da Libertadores com a vitória sobre os reservas do Grêmio de ressaca em Porto Alegre. Com Aírton sendo expulso após briga com Sassá, alvo da ira do técnico Jair Ventura por ter provocado o companheiro. Difícil de entender, surreal até.
Símbolo da montanha russa de emoções do time alvinegro no Brasileiro. De virtual rebaixado no retorno à Série A, muito por conta da situação financeira caótica do clube, passando por uma recuperação surpreendente depois da saída de Ricardo Gomes e a efetivação de um jovem treinador, filho do ídolo Jairzinho.
Até a queda de produção e nos resultados nas últimas rodadas antes da derradeira. Foram três empates e duas derrotas até o triunfo do alívio na Arena do Grêmio com gol do Bruno Silva.
Alívio. Por estar na Libertadores. Quem diria que o ano do Bota terminaria assim? Do time organizado, mas sem criatividade e poder de fogo no início da competição, depois os muitos desfalques e a seqüência de resultados ruins que pareciam condenar a equipe ao destino anunciado antes da bola rolar.
Até a estreia arrebatadora de Camilo nos 3 a 2 sobre o Internacional no Beira-Rio, o elenco novamente completo e Jair Ventura aproveitando a coordenação dos setores que já existia e adicionando velocidade nas transições defensiva e ofensiva dentro da mesma variação do 4-3-1-2 para as duas linhas de quatro que aproximava os setores e dava liberdade a Camilo.
Mudança de patamar a ponto de sonhar com G-4 antes das mudanças da Conmebol que aumentaram o número de vagas. Com a classificação encaminhada e a distância de Palmeiras, Santos e Flamengo, uma certa acomodação.
Princípio de crise com a derrota em casa por 2 a 0 para a Chapecoense e torcida gritando "Time sem vergonha!" Depois o perigo de ser ultrapassado e no fim a garantia da nova meta. Mas já com preocupações para a montagem do elenco em 2017 que precisa ser rápida porque já tera jogo decisivo em fevereiro para garantir vaga na fase de grupos do torneio continental.
Porque as pretensões mudaram nesta incrível virada. Em maio, terminar na primeira página da tabela era previsão mais que otimista. Com esta visão do todo, o G-6 foi um "título", mas, na prática, com sorriso amarelo na última partida. Com jogadores tensos e saindo no braço.
O futebol é dinâmico mesmo.
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