Cristiano Ronaldo é o craque do presente e referência para o futuro
Lionel Messi é um gênio atemporal e o grande jogador desta era, na visão deste que escreve. Um dos melhores da história. Como Maradona será sempre lembrado como o maior dos anos 1980 e 1990, ainda que Platini, Zico, Van Basten, Matthaus e outros tenham conquistado premiações individuais e títulos com seus times e seleções no período.
O maior mérito de Cristiano Ronaldo, consagrado o melhor de 2016 pela "France Football" e agora pela FIFA, é ter a exata noção de como rivalizar com o argentino: nos números e nos títulos de equipes. E na seleção, com a Eurocopa do ano passado agora separando os dois. Conquistando como zebra o que o outro não conseguiu na condição de favorito.
"Não foi justo, Messi marcou mais gols e deu mais assistências no ano". Cristiano Ronaldo foi artilheiro da Liga dos Campeões, o torneio mais importante entre os clubes, com 16 gols. Só não foi o recorde por um gol para igualar…Cristiano Ronaldo, que marcou 17 em 2013/14.
"Só marca de pênalti e gol fácil". Quanto o argentino daria de sua fortuna por uma conclusão na pequena área sem goleiro ou pela penalidade não desperdiçada na final da Copa América Centenário contra o Chile?
"Não foi decisivo nas finais de Champions e Eurocopa". Sem os três contra o Wolfsburg pelos merengues e os dois, um de letra, mais uma assistência na primeira fase da Euro diante da Hungria no empate em 3 a 3 e nem haveria decisões para disputar.
O português é craque com estatísticas e momentos geniais a menos de um mês de completar 32 anos por saber amadurecer com inteligência. Trabalha obsessivamente para seguir como um espetacular atleta, mantendo um baixíssimo índice de gordura e alto desempenho. Mas, ao mesmo tempo, já procura os atalhos em campo.
O objetivo é estar inteiro, física e mentalmente, para ser decisivo. Cristiano Ronaldo hoje sabe o momento de estar na ponta e buscar a diagonal e a hora de se enfiar na área adversária como centroavante. Mas também pode fechar uma linha de meio num 4-1-4-1 pela esquerda e se entregar ao trabalho defensivo, como fez, por exemplo, nos 2 a 1 sobre o Barcelona na temporada passada.
O maior artilheiro da história do Real Madrid e da seleção portuguesa também sinaliza o caminho que está por vir. Com o jogo cada vez mais intenso em alto nível e o calendário inchado por FIFA e UEFA, o jogador precisa ser um superatleta para suportar a carga e também encontrar forças e fôlego para aprimorar os fundamentos sempre que possível sem o risco de exaurir os músculos. Profissionalismo absoluto.
Precisão técnica, o lema do futebol nos próximos anos. A marca desta máquina de gols, já uma lenda. Quatro vezes o melhor do mundo. Craque do presente e referência para o futuro.
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