City 5x3 Monaco - O melhor da Premier League na Liga dos Campeões
Intensidade máxima, perde e pressiona, ritmo alucinante, transições ultrarápidas, reviravoltas na disputa e no placar. Jogaço imprevisível. O que se viu no Etihad Stadium foi o melhor que há na liga nacional mais competitiva do mundo dentro do maior torneio de clubes do planeta.
Méritos do Monaco de Leonardo Jardim. Time corajoso, organizado num 4-4-2 e que nunca abdicou do ataque. Nem quando o placar era favorável e a classificação mais próxima. Quando Falcao García compensou o pênalti perdido com golaço de cobertura. O segundo do colombiano na partida.
Monaco também do ótimo português Bernardo Silva, meia organizador canhoto aberto à direita e do incrível Kylian Mbappé, atacante rápido, vertical e técnico. O brasileiro Fabinho, lateral direito atuando no meio, colaborando na organização e também chegando na frente.
Só não resistiu ao volume de jogo do Manchester City, especialmente na segunda etapa. Com Sané imparável, seja buscando o fundo ou infiltrando em diagonal. O meio com Yaya Touré, De Bruyne e Silva com muita técnica e entrega e Aguero lembrando a todos por que é o maior artilheiro da história dos citizens e não o reserva de Gabriel Jesus.
Sim, o primeiro em um frango de Subasic. Mas o que empatou em 3 a 3 e pavimentou o caminho para a virada foi uma finalização espetacular de primeira completando escanteio. Ainda serviu Sané no quinto e último, depois do gol de Stones aproveitando o grande pecado francês na partida: o jogo aéreo defensivo deixou muito a desejar.
Simbólica a atuação do City combinando a posse de 62% com uma verticalidade que Guardiola não reproduziu sequer no Bayern de Munique, de cultura semelhante à inglesa. Repete a pressão no campo de ataque dos tempos de Barcelona, gosta da bola, mas ataca em ritmo alucinante, ainda que perca a posse defensiva e controle do jogo. E não se importa em jogar a bola na área quando necessário.
Deu certo na ida nas oitavas e os dois gols de vantagem são fundamentais. Só não garantem nada porque o Monaco é o ataque mais efetivo da Europa e também sabe ser forte, intenso e sufocante. Devemos ter mais um jogaço na França.
(Estatísticas: UEFA)
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