Vasco cumpre metade da rota para o tri. Não jogar pode ser uma vantagem
Você leu AQUI que o fato de não estar envolvido em outras competições, embora não fosse o cenário desejado pelo clube, poderia ser um trunfo para o Vasco na reta final do Carioca.
Competição que o clube valoriza na gestão Eurico Miranda, que puxou o tradicional grito de "Casaca!" até na classificação com empate sem gols contra o Flamengo na semifinal do returno. Rubro-negro que jogaria na quarta-feira contra o Atlético Paranaense pela Libertadores.
No Engenhão, a conquista da Taça Rio com a vitória no Engenhão sobre um Botafogo repleto de reservas comandado por um Jair Ventura que voltou da Colômbia para comandar o time e depois partir rumo ao Equador para a sequência do torneio continental, prioridade desde o início da temporada.
Faz diferença o foco total em uma competição. Ainda que seja a menos relevante na hora da avaliação ao fim da temporada. O Vasco de Milton Mendes vai ganhando corpo, com melhor coordenação no trabalho defensivo, aproximando duas linhas de quatro e dando liberdade para Nenê criar e acionar Luis Fabiano. Ou seja, faz o simples.
A cereja do bolo até aqui é o futebol do jovem Douglas Luiz. 18 anos, meio-campista que joga de área a área, autor do primeiro gol. Mesmo não finalizando tão bem, algo para aprimorar no trabalho diário. Ajuda Jean na proteção da defesa, desafoga Nenê e os ponteiros na criação.
Outra promessa da base que pode ser mais aproveitada é Guilherme Costa. Entrou, adicionou habilidade e criação onde Pikachu e Andrezinho pouco acrescentaram. Ainda provocou a expulsão de Marcelo Conceição que ajudou a construir o triunfo consolidado com o primeiro gol de Luis Fabiano com a camisa cruzmaltina, completando passe de Manga Escobar.
A conquista, embora nada signifique em termos esportivos, ajuda financeiramente e transfere confiança para a equipe remodelada pelo novo técnico. Na semifinal que vale, contra o Fluminense, mesmo com o rival levando a vantagem do empate, o Vasco chega mais forte que no final da fase de grupos.
Também porque o tricolor é mais um adversário envolvido em outra competição durante a semana. Pega o Goiás no Maracanã pela Copa do Brasil precisando vencer. Mesmo sem viagem, há a logística, o desgaste, foco no clássico só a partir da quinta-feira, possibilidade de desfalque por lesão. Enquanto o time de Milton Mendes concentra esforços, não dispersa.
O Vasco não é o favorito ao título regional. Nem é absurdo ser considerado, pelo desempenho, a quarta força carioca. Precisa de ajustes e reforços para o Brasileiro. Certamente sua torcida adoraria estar disputando ao menos Sul-Americana e Copa do Brasil.
No Carioca, porém, o contexto favorece. A primeira metade da rota do tri foi cumprida, ganhando taça e moral. Por incrível que pareça, no futebol atual cada vez mais intenso e que exige tanto de corpo e mente, não jogar pode ser uma vantagem.
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