No clássico da desordem, Palmeiras respira e São Paulo agoniza sem soluções
O time de Cuca mostrou as virtudes e defeitos habituais na temporada. Erros defensivos pela desorganização provocada pelas perseguições individuais. Ficou claro no gol de Marcos Guilherme, quando Pratto aproveitou a retaguarda esburacada para dar assistência, antes do acidente com Hernanes que o tirou do campo na ambulância.
Entrou Gilberto e o São Paulo perdeu força. O Palmeiras reagiu pela persistência, por não desistir, pela inquietação de seu treinador usando as peças disponíveis. Jogada de Michel Bastos, gol de Willian, autor do segundo em finalização de fora. Virada rápida desconstruída por Hernanes, o único lúcido no tricolor paulista. Mas que não pode resolver tudo na jogada individual ou nas finalizações precisas.
Porque o "Soberano" é um clube à deriva. Pela irresponsabilidade de entregar um dos gigantes brasileiros à própria sorte com jogadores e treinador ainda se conhecendo em agosto, num balcão de compra e venda que parece não ter fim. E não consegue resolver um problema grave desde o início da temporada: a falta de um goleiro confiável.
Sidão teve mais uma chance e novamente mostrou a insegurança capaz de minar as forças e a confiança de qualquer um. Mesmo que Dorival Júnior tente organizar sua equipe num 4-1-4-1 que tem momentos de compactação e setores bem coordenados. Só que elos fracos como os laterais Buffarini e Edimar acabam comprometendo qualquer esforço coletivo e períodos de domínio na partida, com chances cristalinas desperdiçadas – a de Rodrigo Caio na segunda etapa simplesmente inacreditável.
Duas jogadas pela esquerda, o terceiro gol com Keno, substituto de Bruno Henrique para tornar o time ainda mais ofensivo, e o golpe final com Hyoran, reserva pouco utilizado desde que chegou ao Palmeiras. Jogada iniciada com um lançamento precioso de Tchê Tchê para Willian servir o companheiro.
O "Bigode" foi o personagem da vitória fundamental e justa no Allianz Parque: o mandante teve 54% de posse, desarmou corretamente 21 vezes contra dez e finalizou 24 vezes contra nove do rival – dez a quatro no alvo. Para o Alviverde se recolocar na disputa das primeiras posições da tabela e aliviar o ambiente de crise. Nem precisou de tanto para vencer um "Choque-Rei" marcado pela desorganização dos times.
Revés sintomático para um São Paulo em desespero. Vítima de decisões equivocadas há algum tempo, mas bem mais graves em 2017. Desmanchar e remontar elenco ao longo do Brasileiro é algo criminoso. O resultado é uma lenta agonia que parece cada vez mais sem soluções.
(Estatísticas: Footstats)
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