São Paulo 1x1 Corinthians - Empate que mistura frustração e preocupação
A formação ofensiva do São Paulo no Morumbi encontrou sustentação no primeiro tempo pela lentidão do Corinthians nas transições ofensivas e se impôs pela movimentação do trio Lucas Fernandes-Cueva-Marcos Guilherme atrás de Pratto, mais as descidas dos meio-campistas Petros e Hernanes além do apoio de Junior Tavares que obrigava Romero, deslocado pela direita, a retornar muito para fechar o setor.
O líder do Brasileiro, com a escalação titular completa, mantinha a boa estrutura defensiva, mas sofria com os seguidos ataques de quem pressionava e recuperava a bola assim que a perdia. Já o tricolor paulista não tinha o mesmo problema. Chama a atenção a queda no desempenho corintiano. Perdeu intensidade, mobilidade e, consequentemente, confiança.
Primeira etapa de 55% de posse são-paulina, mas com média acima de 60% até os 27 minutos, quando Petros se apresentou para apoiar o quarteto ofensivo, recebeu pela direita e aparentemente tentou cruzar. O efeito na bola surpreendeu Cássio. A única finalização no alvo num universo de seis conclusões do time da casa e apenas duas dos visitantes.
Equilibrou um pouco com a entrada de Marquinhos Gabriel logo na volta do intervalo, substituindo um Jadson que perdeu sua maior virtude: a mobilidade para circular às costas dos volantes adversários e criar superioridade numérica no meio. Sem o camisa dez, Rodriguinho assumiu em definitivo a articulação das jogadas se apresentando mais como opção para os companheiros.
As substituições de Dorival Júnior não foram das mais felizes. Jucilei no lugar de Cueva e Denilson na vaga de Lucas Fernandes, lesionado, tiraram dinâmica ofensiva, intensidade na pressão no campo de ataque e o Corinthians ganhou espaço para atacar. Por isso a troca mais ousada de Carille: Clayson no lugar de Gabriel.
Vieram então as duas primeiras finalizações no alvo depois de 168 minutos – 90 no empate sem gols contra o Racing que custou a eliminação na Copa Sul-Americana. Primeiro Romero e depois Clayson, no rebote vencendo Sidão. Jogada de Rodriguinho pela direita aproveitando vacilo de Junior Tavares.
Com o empate, a inversão da confiança, não aproveitada por Carille, que tirou Romero e colocou Camacho para recompor o meio. Perdeu agressividade.
A senha para uma pressão final de quem mais precisava. E Jucilei, que fez o São Paulo perder força no meio, quase virou o heroi e fez valer a "lei do ex" em bela cabeçada para defesa espetacular de Cássio. Ao total, foram 12 finalizações do tricolor, uma a mais que o rival – seis a três no alvo.
O time da casa no clássico para mais de 60 mil presentes terminou com 52% de posse. Equilíbrio nos números, mas a frustração do São Paulo é maior pelo desempenho nos 90 minutos e porque os três pontos, dentro do contexto da fuga do rebaixamento, eram essenciais. Na matemática e no ânimo. De novo falhou.
O Corinthians sai no lucro, mas precisa aproveitar o tempo livre para recuperação e treinos visando resgatar o trabalho coletivo dos melhores momentos na temporada através do desempenho das individualidades. No "Majestoso" houve tempo e espaço para a reação. Mas quem ostenta a liderança absoluta do Brasileiro não pode produzir tão pouco. Preocupante.
(Estatísticas: Footstats)
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