Real Madrid campeão, mas com a cabeça no Barcelona. Grêmio fez o que pôde
O Grêmio teve caráter e entrega, mas faltou Arthur para qualificar o passe e sair da pressão do adversário. Também um plano de trabalho ofensivo para surpreender o favorito. Na falta de espaços, talvez arriscar mais de fora da área além da cobrança de falta com força de Edilson que Keylor Navas não pegaria se fosse no alvo.
E chances não faltaram. Porque o Real Madrid, mesmo com time completo e buscando o título do Mundial de Clubes pela cultura do clube que coleciona troféus, nitidamente jogou com freio de mão puxado. Administrando fôlego, posse, atacando com naturalidade. Mas sem forçar.
Tudo por causa do superclássico no dia 23 pela liga espanhola. Para tentar diminuir a vantagem do Barcelona na liderança. É a mentalidade do europeu, sem grandes comemorações no apito final de cada conquista intercontinental.
O campeão da Libertadores tentou aproveitar isso no início, como na entrada dura de Geromel sobre Cristiano Ronaldo. Claramente para intimidar, mostrar que dificultaria a missão. E o que se viu foi o time merengue evitando as entradas mais duras. Casemiro foi a exceção, levando o único cartão amarelo de sua equipe por uma pancada em Luan.
O camisa sete do Grêmio sentiu o jogo e a sobrecarga na criação sem Arthur. Em alguns minutos ficou perdido entre Casemiro, Modric e Kroos. Restou a luta e o time gaúcho correspondeu. Merece ser recebido com carinho por seu torcedor.
A distância é grande mesmo. Em técnica, tática, leitura de jogo, dinâmica, intensidade. O Real terminou com 65% de posse e 17 finalizações – seis no alvo. Trocou passes no ritmo de Luka Modric, o melhor da decisão. Mas, a rigor, só foi às redes na cobrança de falta de Cristiano Ronaldo que passou entre Luan e Barrios. O português fez um gol bem anulado por impedimento de Benzema e tentou outras jogadas. Mas faltou inspiração.
Ou concentração. A prova de que quando se fala na disparidade entre o futebol jogado aqui e nos principais centros e na grande diferença no tratamento dado ao Mundial, com chancela ou não da FIFA, não é "complexo de vira-latas". É a realidade, pura e simples. Para o Grêmio era a cereja do bolo antes das férias. Na temporada do Real a viagem aos Emirados Árabes é quase um problema.
O Real Madrid carregava o favoritismo e confirmou a sexta conquista. Mas as atuações pouco consistentes são preocupantes para a sequência da jornada 2017/18. A começar pelo Barcelona, a prioridade do momento.
(Estatísticas: Footstats)
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