PSG e Real atacam bem e defendem mal. Quem se organiza primeiro pro duelo?
O Real Madrid se recuperou da vexatória eliminação na Copa do Rei em casa para o Leganés com um resultado expressivo: 4 a 1 sobre o Valencia no Estádio Mestalla. Com o time da casa disputando vaga na Liga dos Campeões e que não perdia para os merengues em seu estádio há três temporadas.
O time de Zidane foi vertical no resgate do trio BBC. Gareth Bale voltando a executar a função de atacante que volta pela direita formando a segunda linha de quatro. Sem Isco, o atual campeão da Espanha e da Europa perde criatividade e volume de jogo, porém fica mais letal na frente.
No contragolpe de manual, o pênalti sofrido e convertido por Cristiano Ronaldo. Depois uma falta mais que duvidosa de Montoya sobre Benzema para o camisa sete marcar o segundo também na penalidade máxima. Gol de Mina e muita pressão do Valencia em busca do empate. Com Lucas Vázquez na vaga de Bale manteve a estrutura tática, porém perdeu "punch" na frente.
Mas Asensio no lugar de Benzema centralizou Cristiano Ronaldo e deu a Marcelo o parceiro para a bela tabela que terminou no golaço do lateral brasileiro. O de Toni Kroos não foi menos belo, também em tabelinha rápida. Goleada, mas sem grande atuação coletiva e muitas dificuldades no trabalho defensivo. Houve uma nítida queda na intensidade e na compactação dos setores.
O PSG enfiou 4 a 0 no Montpellier. Dois de Neymar, o recorde de gols de Cavani, agora com 157 pelo clube. Mais um do redivivo Di María na vaga do lesionado Mbappé. O jovem argentino Lo Celso ditando o ritmo no meio-campo com Rabiot. Mais uma daquelas típicas vitórias tranquilas do time de Paris no Campeonato Francês.
Eis o problema para a equipe de Unai Emery. A falta de testes mais consistentes na liga nacional. Mas as raras derrotas, como os 2 a 1 impostos pelo Lyon, mostram uma equipe com sérias fragilidades defensivas. Muitas vezes com apenas seis jogadores de linha atrás da linha da bola e os laterais Daniel Alves e Kurzawa expostos, sem apoio do meio-campo.
Emery não está errado ao tentar buscar abrigar o maior número possível de jogadores talentosos na formação titular, mas há efeitos colaterais. A questão nem é marcar, ter especialistas em desarmes. O problema é a falta de coordenação dos setores na tarefa de negar espaços aos adversários. A disparidade na França faz com que o time não exercite isso mais vezes.
As derrotas por 3 a 1 nos jogos mais duros fora de casa na fase de grupos Liga dos Campeões deixaram avisos: do Bayern em Munique para o Paris Saint-Germain e do Tottenham para o Real Madrid. Em confrontos parelhos, ceder espaços generosos para os rivais pode ser letal.
É óbvio que para as oitavas-de-final da Champions que começam daqui a 18 dias a concentração será outra, principalmente para o time visitante. Ambos sabem do potencial de ataque do outro lado e também de seus muitos problemas sem a bola.
Quem se organiza primeiro? O Real Madrid tem duas vantagens: jogadores com vasta experiência em duelos de mata-mata e mais "amostragens" de suas falhas exploradas por adversários mais fortes no Espanhol. Sem contar o peso de 12 conquistas do torneio e o foco absoluto na busca do tricampeonato.
Mas não garantem nada contra Neymar, Cavani e uma imensa vontade de ser protagonista na Europa. Mesmo com tudo que se diz sobre os bastidores, conflitos no vestiário…é jogo gigante e decisivo! Nessas horas os problemas ficam menores em nome de algo maior.
A promessa é de jogaço. Se os times continuarem atacando bem e defendendo mal podemos ter um caminhão de gols nas duas partidas. Um duelo "lúdico" em Paris e Madri?
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