Espanha é a melhor seleção e pinta como a favorita. Bom até para o Brasil!
A história mostra que a Copa do Mundo consagra a melhor seleção durante aquele mês de disputa. Às vezes coincide ser também a grande equipe daquele ciclo que consegue chegar ao auge no momento certo.
Há pouco menos de três meses da disputa na Rússia, a Espanha é a que apresenta o melhor futebol. Não só pelos 6 a 1, fora o baile, na Argentina sem Messi. O desempenho médio do último ano considerando amistosos e eliminatórias a credencia como grande candidata ao segundo título.
Julen Lopetegui consegue dosar a experiência e a rodagem de jogadores como Piqué, Sergio Ramos, Busquets e Iniesta com a juventude de Asensio e a maturidade de Carvajal, Jordi Alba e Isco. É time pronto para aguentar a pressão de uma Copa.
Na proposta de jogo, ainda a posse de bola. No empate em 1 a 1 com a Alemanha colocou a campeã mundial dentro de um grande "rondo" em alguns momentos. Já na goleada histórica sobre a albiceleste a Espanha mostrou o seu melhor: o domínio do futebol por demanda. Alternando controle da bola e um jogo mais vertical. Sempre a partir da retomada da bola no campo de ataque.
Assim constroi volume de jogo e vai minando as forças dos adversários. É óbvio que não há perfeição. Quando o oponente consegue sair da pressão e encontra espaços para o contragolpe, Piqué e Sergio Ramos têm problemas para conter velocidade. Higuaín perdeu uma chance cristalina no primeiro tempo. A jogada aérea continua sendo um sofrimento, como no gol de Otamendi.
Mas funciona muito bem a ideia de abrir o campo com os ofensivos laterais Carvajal e Jordi Alba e rodar a bola e as peças que transbordam qualidade no meio-campo usando um centroavante como referência na frente – Diego Costa, Rodrigo ou Iago Aspas. Acelerando e desacelerando. Desequilibrando com Isco, autor de três gols sobre a Argentina.
Jogo inteligente. A Espanha aparece como a melhor representante do futebol 2.0 no universo das seleções. E merece respeito. Basta olhar para o campo: Carvajal, Sergio Ramos e Isco do Real Madrid; Piqué, Alba, Busquets e Iniesta do Barcelona. Sete jogadores dos times que dominam o futebol europeu desde a última Copa. Mais outros tantos talentos de Atlético de Madri, Bayern de Munique e das equipes de Manchester.
É um timaço! Ótimo também para diminuir o tradicional "oba oba" brasileiro depois de vitória em amistoso. Mesmo contra um mistão da Alemanha. Então, por justiça e para tirar o peso, que a Espanha seja tratada como a favorita.
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