Bayern erra demais, Real Madrid tem mais sorte que juízo e está na final
Foram 33 finalizações do Bayern de Munique no confronto. 13 no alvo. Apenas três gols. Muitas chances perdidas. Em Madri, a mais incrível de James Rodríguez no primeiro tempo. Logo o melhor em campo. Justo ele que deixou o campo para a entrada de Javi Martínez e o time bávaro apelar para os cruzamentos a esmo. Sem construção. Um equívoco de Jupp Heynckes.
Mais a falha grotesca de Ulreich no ínicio da segunda etapa para o segundo gol de Benzema. Goleiro que se junta a Rafinha, que vacilou em Munique e perdeu a bola que terminou no gol de Asensio. Os dois "vilões". Ainda as finalizações erradas em profusão de Muller e Lewandowski.
Só Kimmich, com um gol em cada partida, e James mais acertaram que erraram. E não se pode pecar tanto numa semifinal de Liga dos Campeões contra esse Real Madrid bicampeão europeu.
Mas o time de Zidane teve mais sorte que juízo. Incluindo o pênalti cometido por Marcelo no final do primeiro tempo, desviando com a mão dentro da área merengue um cruzamento pela direita. Ignorado pela arbitragem confusa do turco Cüneyt Çakir.
180 minutos muito ruins de Cristiano Ronaldo. Pelo menos mais participativo no Bernabéu. No entanto, perdeu um gol inacreditável na segunda etapa. Parecia que o papel de protagonista estava reservado a Benzema, reserva na partida de ida. Aproveitando a falha de Ulreich, mas também completando a jogada mais bem engendrada do Real nos dois jogos. Da inversão precisa de Kovacic, que deixou Casemiro no banco, para Marcelo colocar na cabeça do francês camisa nove.
Outro coadjuvante em dia de estrela. Será lembrado pelos gols, mas se o Real está na terceira final consecutiva de Champions deve muito a Keylor Navas. Pelo menos quatro intervenções fundamentais do contestado goleiro costa-riquenho. Porque o Bayern foi fortíssimo pela esquerda com Alaba e Ribéry levando vantagem seguidamente sobre Lucas Vázquez, substituto do lesionado Carvajal, e Modric.
Coletivamente a equipe espanhola foi bem inferior. Mas mata-mata de Champions é das individualidades e da força mental. O Bayern foi menos preciso no acabamento das jogadas e seus talentos não decidiram. Talvez pelo desespero, o peso de vencer além do domínio no país. Mais uma vez pára na semifinal. De novo contra o Real Madrid. Nenhuma mais dolorosa.
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