Vitória do Cruzeiro e o dilema do Palmeiras: mal treinado ou sem confiança?
As ausências de Henrique e De Arrascaeta no Cruzeiro e de Felipe Melo e Borja no Palmeiras contribuíram para um jogo no Mineirão com ambos enfrentando problemas na construção das jogadas desde a defesa e terminando, como consequência, com a dificuldade de criar espaços quando o adversário está postado sem a bola.
A diferença no gol da vitória celeste foi a dobra de Edilson e Robinho pela direita contra Victor Luís que não teve o auxílio de Dudu. Cruzamento que encontrou Rafael Sóbis e a virada que tirou de Jaílson. A mais eficiente das dez finalizações cruzeirenses, uma das duas no alvo. Dudu saiu de campo logo após a falha na recomposição para a entrada de Moisés, mas podia ter sido protagonista no belo chute que Fabio espalmou no início da segunda etapa. A melhor das seis dos visitantes, metade na direção da meta cruzeirense.
Um detalhe decidiu. Também a organização da equipe de Mano Menezes, controlando os espaços e negando a chance cristalina ao adversário depois de abrir o placar. Usando o banco com boas opções, como Bruno Silva pela direita, Ariel Cabral no meio e Raniel lutando na frente, pressionando os passes dos zagueiros. A falta de criatividade do oponente ajudou.
E aí entra o grande dilema palmeirense: a falta de confiança por conta de uma pressão absurda a cada resultado negativo tira a coragem dos jogadores de arriscar ou o modelo é que é engessado em uma posse de bola inócua (terminou com 53%) e falta de mobilidade na execução do 4-2-3-1?
Difícil avaliar quando destaques como Lucas Lima e Dudu arriscam tão pouco. Pior ainda se Keno, o ponteiro que ousa no drible, entra em campo visivelmente com problemas físicos. Sem as inversões de Felipe Melo a troca de passes fica previsível. Mas cabe a Roger Machado encontrar soluções para não repetir o ciclo de seus trabalhos no Grêmio e no Atlético Mineiro: bom início e o trabalho vai definhando com o tempo. Sem reação dos jogadores importantes nem alterações significativas que façam o time reagir.
Melhor para o Cruzeiro, que com duas vitórias depois de um início ruim já se aproxima do pelotão da frente. Com foco e titulares em campo é equipe competitiva. Desta vez nem precisou de um gol no início como elemento facilitador. Mesmo com jogo parelho conseguiu se impor.
É o que tem faltado ao Palmeiras. Mesmo classificado na Copa do Brasil e com a melhor campanha na fase de grupos – outra coincidência em relação à passagem de Roger pelo Atlético Mineiro. Quando a corda aperta o time sente e tem fraquejado. Sem confiança por estar mal treinado ou o desempenho é ruim por causa da pressão? É preciso descobrir, tecer o diagnóstico correto. E rápido!
(Estatísticas: Footstats)
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