Agora é oficial: o São Paulo competitivo está de volta
A vitória do Flamengo sobre o Botafogo no Maracanã tirou do São Paulo a chance de tomar a liderança. O clássico no Morumbi se fazia perigoso, em tese, pelas ausências do goleiro Sidão e de Everton, autor do gol da vitória sobre o Fla na quarta e um dos pilares da recuperação tricolor na temporada.
Logo contra o Corinthians, algoz histórico e que vinha de vitória sobre o Botafogo na volta após a parada para a Copa do Mundo. Em tempos recentes seria um jogo para o tricolor paulista fraquejar. O peso dos anos sem conquistas relevantes, as constantes mudanças no clube. Uma pecha de time que hesita em momentos decisivos.
A resposta do São Paulo foi emblemática e a mais esperada por seu torcedor: um futebol competitivo. Marca do comando técnico de Diego Aguirre. No primeiro tempo até exagerando um pouco nas reclamações. Hábito que as equipes vêm cultivando em clássicos para mostrar que está ligado e inteiro no jogo que realmente importa para o torcedor pela rivalidade local. 45 minutos de muitas faltas também: 22. Praticamente uma a cada dois minutos.
Na segunda etapa, a dose certa. Cometeu apenas uma falta e construiu volume ofensivo na execução do 4-2-3-1 com Edimar na lateral esquerda dando liberdade a Reinaldo como meia e Liziero, substituto de Jucilei, fazendo a bola chegar mais rápida ao quarteto ofensivo. Ataques seguidos a ponto de assustar a retaguarda do rival, que cedeu escanteios bobos e evitáveis.
Até a cobrança pela esquerda e gol de Anderson Martins. Em outros tempos tentaria administrar a vantagem. Como fez na semifinal do Paulista e pagou com o gol de Rodriguinho no final que levou para os pênaltis e terminou em mais uma eliminação. Mas agora sobrou fome.
Segundo com Reinaldo, na insistência. Depois bola no travessão em cobrança de falta de Diego Souza. Nenê quase marcou gol olímpico. Cássio evitou. O goleiro corintiano, de atuação portentosa na vitória sobre o Botafogo, acabou levando um frangaço em outro chute de Reinaldo. No final, o gol de Jonathas. Atacante estreante que podia ter transformado a história do clássico se aproveitasse chance clara, á frente de Jean, no primeiro tempo.
Contra este São Paulo não pode haver erro, porque dificilmente terá outra chance. Na provável despedida de Rodriguinho, negociado com o futebol egípcio, o Corinthians descobriu de uma forma dolorosa. O time de Aguirre, que pode perder Éder Militão para o Porto, chega a quatro vitórias seguidas, cinco partidas de invencibilidade depois do revés contra o Palmeiras.
A torcida compareceu: quase 60 mil presentes. Novamente cantou que "o campeão voltou". Se esta saga vai terminar com o sétimo título brasileiro é difícil prever. Mas agora é oficial: hoje o São Paulo é forte e voltou a impor respeito. Em qualquer campo. Vencer o Majestoso com autoridade era o "batismo de fogo" que faltava.
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