Vitória para o Palmeiras virar o fio e deixar a "montanha-russa" de emoções
Depois dos 3 a 1 sobre o São Paulo e da vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio em Porto Alegre, o Palmeiras parecia afirmar com duas atuações coletivas bem consistentes a sua condição de candidato real ao título brasileiro.
Mas vieram três empates com roteiros bem parecidos. Intensidade máxima e pressão no campo adversário no início, com volume ofensivo e movimentação na frente. A vantagem no placar e a impossibilidade de manter uma rotação altíssima durante a maior parte do jogo faziam o time recuar linhas e tentar controlar os espaços para acelerar nos contragolpes.
Só que sem esta "fagulha" o time de Roger Machado vai murchando animicamente, cedendo espaços entre os setores na execução do 4-2-3-1 quase imutável de Roger Machado e permitindo o crescimento do adversário. Assim cedeu empates para Ceará fora e Flamengo em casa. Parada para a Copa do Mundo, excursão pela América do Norte com rendimento animador.
A volta, porém, foi na mesma toada. Mesmo no Pacaembu como visitante, o gol no início de Lucas Lima, mobilidade com Willian abrindo espaços para o trio de meias, oportunidades para ampliar. Mais uma queda de desempenho, substituições questionáveis que atraíram o adversário para o próprio campo e empate do Santos com Gustavo Henrique.
Contra o Atlético Mineiro no retorno ao Allianz Parque e também na primeira partida de Dudu depois do imbróglio que quase o levou para o futebol chinês, o mesmo cenário: falha grotesca de Juninho, emprestado pelo time paulista ao Galo, gol de Moisés, substituto do suspenso Lucas Lima.
Empate do Galo com Luan na segunda etapa. O Palmeiras voltou a subir a ladeira e desta vez conseguiu ficar novamente na frente com a bela cobrança de falta de Bruno Henrique. Um fato novo nesta sequência conseguir o gol depois do empate do oponente. Mas Yimmi Chará, bela novidade do remodelado Atlético, igualou novamente.
Um quarto empate repetindo virtudes e defeitos poderia ter impacto grande no trabalho de Roger, sugerindo uma estagnação e também a dificuldade para se recuperar dentro de uma partida. Confiança abalada não só para a sequência do Brasileiro, mas também das demais competições em que o clube está envolvido na temporada.
Mas houve tempo. Primeiro para as falhas do próprio time mineiro nas jogadas aéreas com bola parada sinalizarem o caminho para que o Palmeiras insistisse. Em seguida para Bruno Henrique, o capitão, se consagrar como heroi dos 3 a 2 muito comemorado, dentro e fora de campo. Um triunfo para tentar virar o fio.
Ou desfazer esse ciclo complexo. Oscilações que transformam a equipe numa espécie de montanha-russa. Difícil inspirar confiança. Nem sempre haverá minutos e um adversário igualmente inconstante para oferecer a chance da redenção.
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