Primeiro teste mostra que Neymar precisa de liberdade, não da braçadeira
O primeiro amistoso da seleção brasileira depois do Mundial da Rússia sinalizou algumas mudanças aventadas por Tite durante a preparação e nos jogos da Copa: Filipe Luís pela esquerda, Fred no meio-campo, Douglas Costa pela direita e Firmino no centro do ataque. No mesmo 4-1-4-1.
A atuação segura nos 2 a 0 sobre os Estados Unidos no Metlife Stadium foi construída com posse de bola lenta e alguns momentos de aceleração. Especialmente quando Douglas Costa entrava em ação. Assistência para Firmino no primeiro gol, lindo passe na segunda etapa para Neymar, que chutou fraco e permitiu que o zagueiro Miazga salvasse antes que cruzasse a linha.
Fabinho também foi muito bem na lateral direita. O único na formação inicial que não estava no grupo do Mundial apoiou bem, ora aberto, ora por dentro. Na jogada individual, o pênalti (duvidoso) cometido por Trapp e convertido por Neymar. O 58º do agora capitão fixo do Brasil.
Braçadeira que virou polêmica por ser vista como um prêmio de Tite que o craque não fez por merecer na Rússia. Discutível. Talvez seja apenas uma mudança de prática, acabando com o revezamento. Mas como tudo que envolve Neymar acabou ganhando uma atenção desmedida.
Porque na prática é mera "perfumaria". Foi possível ver Thiago Silva, Filipe Luís e Casemiro conversando e orientando mais os companheiros em campo. Muda pouco.
O que acrescentaria e muito ao rendimento de Neymar seria a liberdade de movimentação, como já encontra no PSG de Thomas Tuchel. Saindo do lado esquerdo do 4-1-4-1 de Tite. Mesmo que eventualmente troque com Coutinho e até Firmino, a produção fica muito limitada. Muitos passes para trás, dribles desnecessários, erros bobos.
É claro que pelo talento o toque diferente vai desequilibrar em alguns momentos, mas é um desperdício a participação reduzida na construção das jogadas, ficando limitado a apenas um setor. E pior: colabora pouco sem a bola, sobrecarrega Coutinho, Filipe Luís e Thiago Silva na cobertura. Os ataques mais produtivos dos americanos foram por ali. Sem contar as dificuldades defensivas nas bolas paradas.
Para o primeiro jogo depois de uma eliminação traumática o saldo é positivo. Compreensível a manutenção da estrutura tática. Mas com o tempo é dever testar peças e variações. Como o 4-2-3-1 ou 4-4-2 com Neymar solto. Será muito mais útil que uma mera questão simbólica.
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