Corinthians pode ter seis decisões em nove jogos para se manter na Série A
O Corinthians não terá direito a "ressaca" ou "luto" pela perda da Copa do Brasil para o Cruzeiro. No domingo já enfrenta o Vitória no Barradão. Com 35 pontos em 29 partidas, está três à frente do adversário e quatro de distância do Ceará, 17º colocado, mas ainda com um jogo a cumprir contra o já saciado Cruzeiro no Mineirão.
Cenário preocupante, principalmente porque o time não consegue evoluir no desempenho com Jair Ventura. As semanas livres para treinar sem o mata-mata para priorizar podem ajudar o treinador a encontrar uma formação que entregue mais soluções em campo.
O atual campeão brasileiro vai precisar, porque ainda terá pela frente mais seis duelos com equipes que orbitam pela metade de baixo da tabela e podem ser decisivos para se manter na Série A sem sustos: Bahia, Vasco e Chapecoense em casa e Botafogo, além do Vitória, fora. O Cruzeiro ocupa a décima colocação com 37 pontos e tem um jogo a menos, mas dependendo de como vai se comportar até o fim do campeonato, com o relaxamento natural pelo objetivo alcançado, pode se complicar e tornar dramático o confronto pela 34ª rodada, no Mineirão.
O Corinthians ainda terá o clássico com o São Paulo em Itaquera, o Atlético Paranaense que ainda nutre uma esperança de chegar ao G-6 ou G-7 fora de casa e fecha o campeonato em Porto Alegre contra o Grêmio que pode novamente estar com a cabeça no Mundial Interclubes. Ou lutando por vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2019.
Tudo muito incerto e perigoso pelo que o time de Jair Ventura não vem fazendo em campo. É preciso resgatar a organização defensiva sem necessidade de se entrincheirar guardando a própria área e ganhar fluência ofensiva. Reunir Pedrinho, Jadson e Mateus Vital, os mais talentosos do quarteto ofensivo, com Romero, o melhor finalizador, mais próximo da meta adversária como um centroavante móvel, pode ser um bom início.
É urgente aumentar o número de finalizações – média de dez por jogo, só superior à do América. Bizarro para a equipe que é a segunda que mais acerta passes, atrás apenas do Grêmio, e está em sexto na posse de bola. Ou seja, é um time "arame liso": cerca, mas não fura as defesas adversárias. Apenas 28 gols marcados, 27 sofridos. Irregularidade condizente com as mudanças de treinador e as dificuldades financeiras do clube.
Agora é contar com a paciência e o apoio da torcida em casa e um time mais consistente como visitante. Se não for possível na técnica e na tática, o Corinthians terá que ser coração puro para sobreviver a um 2018 que começou bem, mas foi desmoronando até sobrar a missão mais básica. Típico da montanha russa que é o futebol brasileiro.
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