A vitória gigante do Grêmio "camaleão" com dez dedos de Renato Gaúcho
O futebol mundial caminha para a versatilidade total. Ou seja, equipes capazes de se adaptar às circunstâncias de cada momento de uma partida. Que não sejam apenas posse ou só transição. Porque vai precisar ocupar o campo de ataque e no outro de velocidade para explorar espaços às costas da defesa adversária.
O Real Madrid de Zidane e Cristiano Ronaldo tricampeão da Champions foi o exemplo mais bem acabado desta tendência. Outras equipes e técnicos buscam o mesmo caminho, cada um com sua identidade, mas se ajustando com inteligência.
No Brasil e na América do Sul, um time começa a dar os primeiros passos nesta direção. A atuação do Grêmio no Monumental de Nuñez foi de uma equipe que essencialmente gosta de controlar com a bola, mas pelo contexto, inclusive ausências importantes, teve como maior virtude a concentração absoluta no trabalho defensivo.
Venceu o River Plate no jogo de ida da semifinal da Libertadores negando espaços e oportunidades cristalinas do adversário e decidindo na bola parada. Com Michel, o volante entre as linhas de quatro que tinham Ramiro, Maicon, Cícero e Alisson atrás de Jael, o único atacante. Sem Luan e Everton, as grandes estrelas.
A equipe de Marcelo Gallardo, invicto no torneio continental, foi simplesmente encaixotada. O tricolor gaúcho impediu a circulação de bola, cortou circuitos entre Palacios, Quintero e Martínez com Borré e Scocco. Quando surgia uma brecha, Geromel e Kannemann conseguiam bloquear as finalizações. E ainda tinha Marcelo Grohe para garantir.
Com a bola, autoridade de campeão e um jogo mais vertical. Mas com Maicon ditando o ritmo quando necessário. Explorando especialmente as brechas entre os cinco jogadores mais adiantados e o já desgastado Ponzio. Dez finalizações contra oito do time da casa. Com apenas 38% de posse. Vinte desarmes corretos, cinco interceptações.
Uma enorme força mental aliada à organização. Méritos totais de Renato Gaúcho. Cada vez mais líder e estrategista. Conscientemente ou não, antenado ao que há de mais atual no futebol. Um time "camaleão", que lê o cenário e se adapta. Uma vitória com dez dedos de Renato Gaúcho, muito perto de sua quinta final de Libertadores, a terceira como treinador.
(Estatísticas: Footstats)
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