Vitória de mata-mata do PSG sobre Liverpool passa pelos zagueiros de Tuchel
Neymar e Mbappé conseguiram se recuperar para a decisão do Grupo C contra o Liverpool no Parc des Princes. E desde os primeiros minutos ficou claro que a preparação do Paris Saint-Germain pelo treinador Thomas Tuchel foi completa.
Na parte mental com concentração e intensidade máximas, chamando a torcida em vários momentos e até exagerando na fibra e entrega, como no carrinho desnecessário de Di María que derrubou Sadio Mané na área no final do primeiro tempo e a cobrança precisa de Milner deslocando Buffon recolocou os Reds no jogo.
Mas a mesma fibra foi essencial para sustentar a vitória por 2 a 1 na segunda etapa. Com dedicação de todos, inclusive Neymar que na maior parte do tempo voltou pela esquerda, ajudado pela formação mais conservadora de Jurgen Klopp, com Joe Gomez na lateral direita sem descer tanto e o ofensivo Alexander-Arnold no banco de reservas.
Ao recuperar a bola, o craque brasileiro atacava por dentro, se juntando a Mbappé e Cavani. Como no contragolpe rápido do segundo gol, trocando com o jovem atacante francês e completando rebote de Alisson – 31º na Champions, superando Kaká como maior goleador brasileiro no torneio. Mas também abrindo o corredor para Bernat, o lateral ofensivo que abriu o placar em aparição na área inglesa.
Mas a chave tática de Tuchel foi a preocupação mais que compreensível com o trio Salah-Firmino-Mané. Sem marcação individual, mas usando zagueiros para defender a própria meta. Kehrer na lateral direita contra Mané; Marquinhos como volante negando espaços a Firmino e Kimpembe fechando as diagonais de Salah da direita para dentro. Thiago Silva fazia uma espécie de sobra.
Sem riscos de vacilos de laterais ofensivos nas coberturas por dentro e volantes deixando brechas às costas. Muita atenção na execução do 4-4-2 sem bola. Perfeito entendimento de que era o jogo da vida.
Na segunda etapa, Liverpool mais ofensivo voltando ao 4-2-3-1 das últimas partidas pela Premier League com Shaquiri pela direita na vaga de Milner e adiantando Salah como centroavante e recuando Firmino, que depois deu lugar a Sturridge. Ainda Keita substituindo Wijnaldum.
Tuchel respondeu com Daniel Alves, Choupo-Moting e Rabiot nos lugares de Di María, outro a se dedicar voltando muito pela direita, Cavani e Mbappé. Para se reoxigenar e defender melhor. No geral, jogo equilibrado. Liverpool com 53% de posse, 80% de efetividade nos passes. Mas apenas sete finalizações, só o gol no alvo. O PSG concluiu 12, oito na direção da meta de Alisson, mesmo com 77% de acerto nos passes. Mais eficiência, inclusive no jogo aéreo. Também por aumentar a estatura com seus zagueiros na área do oponente.
Vitória fundamental para tentar confirmar a vaga fora de casa contra o Estrela Vermelha na última rodada e deixar para Liverpool x Napoli em Anfield a definição do grupo. O time francês se impôs com maior intensidade no primeiro tempo e a organização defensiva durante os 90 minutos diante de ataque tão poderoso – treinada na manhã da partida, segundo Thiago Silva em entrevista ao Esporte Interativo após a partida.
Méritos inegáveis de Tuchel e seus zagueiros numa vitória típica de mata-mata, mesmo na fase de grupos.
(Estatísticas: UEFA)
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