Sampaoli começa a rascunhar um Santos que pode ficar bonito
O gol de Jean Motta aos 14 segundos, repetindo a estreia e pisando na área adversária para ir às redes, descomplicou o jogo em Sorocaba e alterou todo o contexto da segunda partida oficial do Santos na temporada.
Mas os 4 a 0 serviram para mostrar que o rascunho da equipe começa a ganhar toques de arte final. Com Derlis González o ataque teve a profundidade que faltou contra a Ferroviária. Obviamente que com os espaços cedidos pelo São Bento que precisou adiantar suas linhas, a velocidade do ponteiro paraguaio acabou sobressaindo. Infiltração em diagonal pela direita e o segundo gol.
O trabalho coletivo fluiu melhor, também por conta da confiança pelo placar favorável construído desde antes do primeiro minuto. Momentos de pressão logo após a perda, assim como a marcação adiantada criaram problemas para o frágil oponente. Boas inversões, trocas de passes entre Alison, Sanchez, Pituca e Jean Mota. Muita intensidade com e sem a bola.
Ainda falta um pouco de efetividade pelo setor esquerdo, que só cresce quando Copete está em campo. Cruzamento do lateral Orinho, gol do colombiano. O quarto. Porque outra mudança de Sampaoli também contribuiu para o time trabalhar melhor a bola: o venezuelano Soteldo, com a camisa dez, ofereceu bons passes, daqueles que furam as linhas de marcação.
Em tabela com Derlis, o toque por cima do goleiro para marcar o terceiro. Ainda é preciso observar o meia-atacante em jogos maiores e contra equipes mais fechadas, em que for preciso criar espaços. A primeira impressão, porém, foi positiva. De Soteldo e do Santos de Sampaoli.
Em relação à estreia o time foi menos tenso, afobado e ganhou rapidez na frente e volume com o trabalho dos meio-campistas. Alison melhorou no auxílio aos zagueiros na saída de bola e o maior ritmo de competição ajudou a tornar a equipe menos sujeita a oscilações, algo absolutamente natural num começo de ano. A defesa, por exemplo, requer cuidados no jogo aéreo.
É óbvio que o elenco ainda precisa de mais peças para equilibrar a disputa com os grandes, mas o trabalho é promissor e pode ficar bonito, aliando estética e competitividade. Vale acompanhar a evolução dos primeiros traços do treinador argentino.
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