Liverpool perde outra chance de encaminhar título. Será o peso do jejum?
O confronto direto com o City em Manchester na 21ª rodada da Premier League poderia ter dado ao Liverpool dez pontos de vantagem com o "plus" de um triunfo simbólico sobre o grande concorrente ao título. Não veio e o revés foi tratado como normal pela qualidade do time de Guardiola. Mesmo com disputa equilibrada e momentos de superioridade que poderiam ter sido traduzidos no placar.
Mas três rodadas depois a oportunidade parecia cair no colo com a inacreditável virada sofrida pelos citizens para o Newcastle de Rafa Benítez. Mesmo fora de casa, o jogo estava absolutamente controlado, tranquilo para o atual campeão inglês. Dois erros, um coletivo e outro de Fernandinho, construíram o placar mais que inesperado.
Ainda que o Leicester City venha fazendo jogos duros e pontuando contra as principais equipes da competição e o gramado em Anfield estivesse coberto de neve, os Reds tinham a chance de obter uma vitória que não teria o impacto de vencer o segundo colocado fora de casa. Mas colocaria os sete pontos que poderiam empurrar o City psicologicamente para uma prioridade à Champions que pavimentaria o caminho para a primeira conquista da Era Premier League, encerrando um jejum de 29 anos.
Falhou e podia ter saído derrotado. A disputa foi equilibrada no aspecto tático, mesmo com 71% de posse do time da casa. Mais nove finalizações contra cinco, porém três a dois no alvo. O campeão inglês de 2015/16 criou oportunidades para virar depois do empate com o gol do zagueiro Maguire. Mané abriu o placar aos três minutos, mas produziu pouco ao longo dos noventa minutos. Salah errou demais tecnicamente e desta vez Shaqiri contribuiu pouco no quarteto ofensivo do 4-2-3-1 das últimas partidas.
Roberto Firmino foi a exceção com belas jogadas e finalizações que deram trabalho ao goleiro Kasper Schmeichel. No final, um "abafa" até com Van Dijk na frente e muitos cruzamentos. Difícil entender a opção por Henderson na lateral direita. Lento e nitidamente perdido jogando pelo lado, foi o "mapa da mina" para vários ataques do Leicester no setor com Chilwell, Grey e Maddison.
Se o olhar for buscando o copo meio cheio, somar um ponto e aumentar a vantagem para cinco pode ser considerado positivo. Mas perder outra chance de construir uma vantagem bastante confortável faltando 14 rodadas e antes da volta da Champions já no mata-mata é frustrante para quem quer tanto voltar a ser protagonista no cenário nacional.
A dúvida é se os resultados podem ser considerados naturais pelo contexto da liga ou se Klopp e seus comandados estão sentindo a pressão quando tudo favorece e o título parece mais perto. O aspecto mental não pode ser o único levado em conta em esporte tão complexo como o futebol, ainda mais jogado no mais alto nível. Mas carrega uma relevância que define vencedores e vencidos, mesmo nos pontos corridos.
Será o peso do jejum, como em 2014 com o simbólico erro de Gerrard que deu a vitória ao "ônibus" do Chelsea de Mourinho e praticamente entregou a taça ao City? O Liverpool espera escrever uma história diferente desta vez.
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