Messi e Cristiano Ronaldo: a torcida, a certeza e o sonho
O mundo todo já repercutiu os números absurdos de Cristiano Ronaldo e Messi na Liga dos Campeões. Absolutos em gols e assistências, um domínio que com os três gols do português sobre o Atlético de Madri e os dois gols e as duas assistências do camisa dez do Barcelona contra o Lyon aumentou a aberração que foi eleger Luka Modric o melhor do mundo no ano passado. Quebrando a sequência de dez premiações individuais da FIFA, cinco para cada um. De rir para não chorar, por mais respeito que o meio-campista croata mereça.
Cristiano já fez 34 anos, Messi chegará aos 32 em junho. Ambos explodiram como ponteiros habilidosos e goleadores, hoje o português é mais centroavante, embora seja mais móvel na Juventus, e o argentino mais cerebral, um meia atacante que chega na área para decidir. Só não mudaram no protagonismo. No poder de decisão do CR7 e na capacidade de interferir no jogo de Lionel.
Duas lendas que rivalizam, acirram ânimos dos fãs e são comparadas o tempo todo. Mas já sabemos que quando isso tudo terminar a saudade será de sufocar, ainda que surjam outros gênios que até superem seus feitos. Porque é uma história única, especialmente o período em que havia no mínimo dois duelos entre eles por temporada na Espanha. Estrelas disputando o topo no mesmo país. Sem precedentes nem paralelo.
Subiram o patamar das exigências para tratar alguém como craque. Transformaram a Champions em um torneio de tamanho semelhante ao da Copa do Mundo, especialmente para os mais jovens. Ainda quebraram em 2010 e 2014 a regra de que o destaque da Copa é o melhor do mundo.
Por isso fica a torcida para na sexta-feira o sorteio definir o melhor destino para a dupla. Garantir logo o confronto espetacular nas quartas de final entre Barcelona e Juventus ou guardar para a decisão no Wanda Metropolitano em Madrid a reedição do duelo de 2008/09, mas agora com status de confronto derradeiro. O grand finale. Ainda que seja difícil prever o último capítulo desta disputa.
A certeza é de que esta saga, independentemente do que ainda vai acontecer, será tema de filme. Uma história que merece ser contada e tem todos os elementos para encantar e emocionar. Porque há muito profissionalismo, seriedade e até pragmatismo na trajetória dos dois gênios. Mas eles não deixam de fazer arte nos campos da Europa. Sem contar as personalidades opostas, o respeito mútuo e a convivência tensa, mas cordial nas noites de premiações em Zurique.
Para terminar, o sonho. Que pode ser a cena final desta obra cinematográfica: o dia em que eles estarão do mesmo lado no gramado. Tabelando, servindo e finalizando. Ao menos uma vez, nem que seja em jogo festivo depois que os dois encerrarem a carreira. No clima amistoso em contraponto às disputas acirradas. Sorrindo juntos, se divertindo. Mas sem deixar de entreter e encantar. A quem caberá o papel principal? Quem se importa?
Será o dia de elevar o futebol ao estado de arte. Como fosse possível voltar a reunir Lennon & McCartney em um palco. Ou mais que isso. Tudo isso pode soar como delírio, mas o mundo já aprendeu que nada é impossível para Messi e Cristiano Ronaldo.
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