Vasco na final é zebra para tentar vencer o Flamengo depois de 31 anos
Cocada foi dispensado do Flamengo em 1983 pelo então interino treinador Carlinhos. Cinco anos depois, no Vasco, entrou aos 41 minutos, marcou um gol aos 44 e foi expulso na comemoração por se dirigir ao técnico "algoz" e iniciar uma confusão que terminou com as expulsões de Renato Gaúcho, Romário, Alcindo e PC Gusmão, além do próprio Cocada.
Era o bicampeonato 1987/88 do Vasco de Sebastião Lazaroni. Difícil imaginar na época que o time poderoso que ganharia o Brasileiro de 1989 e um tricampeonato estadual de 1992 a 1994 não conseguiria mais vencer o Flamengo em finais.
Trinta e um anos depois, uma nova oportunidade. A sétima, depois de reveses em 1999, 2000, 2001, 2004 e 2014, além da Copa do Brasil em 2006. Agora com os estaduais muito menos relevantes na temporada, mas sem dúvida nenhuma a grande chance de título dos cruzmaltinos em 2019. Do bi de Alberto Valentim, campeão no ano passado com o Botafogo na final contra o próprio Vasco.
Nunca foi tão zebra. Em 2014, última decisão entre os grandes rivais cariocas, o Fla ainda sofria para equacionar dívidas e só iniciaria os fortes investimentos no ano seguinte, com as contratações de Paolo Guerrero e Emerson Sheik.
Agora o desequilíbrio de forças é evidente, apesar dos muitos empates no "Clássico dos Milhões". Inclusive nos dois turnos desta edição, o último com vitória nos pênaltis dos reservas rubro-negros na final da Taça Rio.
Na semifinal, duelo equilibrado com o Bangu de boa campanha, comandado por Ado, o mesmo do pênalti perdido na histórica decisão do Brasileiro de 1985 contra o Coritiba. Organizado em um 4-1-4-1 com transições ofensivas rápidos pelos flancos, com o burquino Yaya Banhoro pela direita e Jairinho à esquerda.
Na saída rápida do goleiro Jefferson Paulino, o gol de empate com Yaya que deu alguma emoção à semifinal no Maracanã. Depois de Bruno César abrir o placar em cobrança de pênalti sobre Lucas Mineiro com auxílio do VAR. Yan Sasse, substituto de Rossi pela direita no habitual 4-2-3-1 de Valentim, fechou os 2 a 1 que coloca o Vasco em sua quinta decisão desde 2014 – só ficou de fora no Fla-Flu de 2017.
Sem favoritismo, mas com chances reais. Até pelo foco do Fla na Libertadores, ainda que sem jogos no torneio continental entre as duas partidas que decidem o Carioca. O regulamento não entrega nenhuma vantagem.
O Flamengo entra com o poder financeiro e o Vasco como David contra Golias para tentar tirar de Cocada, mais de três décadas depois, o status de grande herói vascaíno em jogo que valia taça contra o maior rival.
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