Persistência salva o Fluminense do roteiro que (ainda) beneficia o Cruzeiro
Duelo entre o time de Fernando Diniz e o de Mano Menezes. No mata-mata, mando de campo do Fluminense. O roteiro da disputa no Maracanã pelas oitavas da Copa do Brasil era mais do que previsível.
Cruzeiro compactando duas linhas de quatro à frente da própria área e deixando Rodriguinho e Fred mais adiantados. Nenhuma questão de ter a bola, Dedé absoluto atrás. Já o tricolor controlava a posse, abria Gilberto e Léo Artur pelas pontas, atacava por dentro com Caio Henrique se juntando a Ganso e Daniel, mais Luciano e Yony González na frente, já que Pedro ficou fora por sentir o joelho. Equipe rodando, girando…mas com dificuldades para infiltrar e criar a chance cristalina em jogada trabalhada.
O Flu incomodava pela direita com Gilberto para cima de Egídio. O Cruzeiro sofria para acelerar as transições ofensivas por um problema muito comum no time celeste em jogos fora: recua demais os ponteiros, especialmente o velocista pela esquerda – já foi Rafinha, agora é Pedro Rocha. Se Fred e Rodriguinho não conseguem reter a bola na frente o contragolpe morre.
Mas quando os pontas participaram da ação ofensiva e o passe longo de Robinho encontrou Pedro Rocha infiltrando em diagonal às costas da retaguarda adversária, o time mineiro teve a chance que esperava. A única finalização em 90 minutos de uma equipe forte e (ainda) favorita no confronto, mas que insiste em respeitar demais os adversários e subaproveitar o potencial do elenco qualificado e homogêneo. Os resultados têm respaldado a proposta de jogo.
Poderia ter voltado para Minas Gerais com a vitória, mas a persistência de Fernando Diniz e seus comandados evitaram o pior. Com Marcos Paulo, Ewandro e João Pedro. O primeiro acertou o travessão de Fabio, o segundo desperdiçou à frente do goleiro adversário e o último, artilheiro da base, aproveitou a sobra da disputa na área depois de cobrança de escanteio para empatar. O time da posse empatou no "abafa", na bola parada.
A última das vinte conclusões do Flu, sete no alvo. Com 65% de posse e 680 passes certos, mais do que o dobro dos 274 do Cruzeiro. Vai precisar ser mais efetivo no Mineirão para tornar a disputa menos previsível. Só luta, coragem e boas ideias de jogo não bastam.
(Estatísticas: Footstats)
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