Everton e Toró tiram São Paulo do perigoso estado morno no Morumbi
O primeiro tempo no Morumbi do jogo que fechou a 11ª rodada do Brasileiro mostrou o São Paulo tomando iniciativa, mas novamente em um estado que é perigoso para qualquer clube grande: de time morno. Mesmo com o inquieto Cuca no comando.
É o preço que o tricolor vem pagando pelos sete anos sem conquistas, com a torcida, entre um protesto e outro, já demonstrando um certo conformismo com o protagonismo recente dos rivais Corinthians e Palmeiras. Apesar do bom público no estádio e um adversário fraco como a Chapecoense, o jogo se arrastou por 45 minutos.
Com Antony tentando algo cortando da direita para dentro, mas Igor Vinícius – agora titular com a desistência de Hudson para ocupar a lateral direita – aproveitava pouco o corredor. Além disso, Hernanes e Tche Tche erravam muito pelo meio e Alexandre Pato ficou desaparecido durante todo o primeiro tempo, o que prejudicava o volume de jogo.
Também permitia alguns contragolpes do time catarinense, quase sempre desperdiçados por Renato Kayzer pela esquerda. E não deixa de ser chocante ver um time de Série A em 2019 com uma dupla de volantes formada por Amaral e Márcio Araújo. Muita marcação, pouca qualidade na construção. Impressionante também a queda de Ney Franco na carreira de treinador depois do título da Sul-Americana no próprio São Paulo em 2012. Ainda assim houve equilíbrio.
Tudo mudou com as mudanças de Cuca na volta do intervalo: Everton na vaga de Luan, mas abrindo pela esquerda e recuando Tche Tche e Hernanes. E Toró no lugar de Pato se aproximando de Raniel em um 4-4-2 ofensivo e mais agressivo. Resolveu o jogo em dez minutos: Everton pela esquerda serviu Antony no primeiro, Torõ acertou belo chute no segundo e, com a Chape zonza, Raniel tomou a bola de Gum, ganhou de Douglas e tocou na saída de Tiepo.
Mas na prática foi um espasmo que durou pouco. Até Everton quase marcar o quarto gol aos 13. Depois voltou ao estado inicial, desperdiçando a chance de aplicar uma goleada histórica e ganhar moral. Controlou o jogo pela superioridade técnica, mas poderia ter feito mais.
A Chape se lançou naturalmente ao ataque e teve a chance de diminuir com Gum, mas a anulação do gol foi confirmada pelo VAR. Seguindo uma tendência no futebol brasileiro, quem fica mais com a bola finaliza menos: o time catarinense terminou com 53% de posse, mas finalizou apenas seis vezes, contra 19 do São Paulo – oito a dois no alvo.
A última de Vitor Bueno, que entrou na vaga de Raniel e completou passe de Igor Vinicius, que cresceu com o ritmo mais ameno na segunda etapa. Moral também para o treinador, feliz demais nas substituições. Os 4 a 0 foram o placar mais elástico do time na temporada. Quarta vitória, a segunda em seus domínios.
Eficiência que faz o São Paulo cumprir a obrigação em casa e subir para a quinta colocação. Mas precisa de uma "fagulha" mais constante para lutar de fato pelo único título que restou em 2019. Dura missão para Cuca que desta vez teve a intrépida ajuda de Everton e Toró.
(Estatísticas: Footstats)
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