Pausa forçada é boa para o São Paulo?
Foram seis rodadas sem vencer até a goleada sobre a Chapecoense no Morumbi e emendando com a vitória sobre o Fluminense no Maracanã. Seis pontos que colocam o São Paulo no G-6 e transferem confiança para o time de Cuca sonhar com algo maior. Na frieza dos números são oito pontos de distância do líder Santos faltando 26 rodadas.
É possível já tirar três da equipe de Jorge Sampaoli na 14ª rodada. Justamente o próximo compromisso do tricolor no Brasileiro. Porque o jogo da décima terceira, no Morumbi contra o Athletico, foi adiado por conta do compromisso do time paranaense na Copa Suruga disputada no Japão.
Serão 14 dias sem jogos. Justo no momento em que o time parecia embalar. Ainda há um fator psicológico: quando a equipe de Cuca entrar em campo para enfrentar o Santos, também no Morumbi, pode estar a 11 pontos do líder, que enfrenta o Goiás na Vila Belmiro. E fora do G-6, caso Corinthians e Internacional vençam seus jogos. A realidade dos pontos ganhos sempre acaba pesando.
Esta é a visão do copo meio vazio. O otimista pode encarar o período sem partidas para recuperar lesionados, inclusive Antony com inflamação no joelho esquerda. Cuca terá ainda Anderson Martins, Everton Filipe e William Farias para encorpar o elenco. Mas Pablo, Liziero e Rojas, com problemas mais sérios e os dois últimos com longa inatividade, seguem fora dos planos para o clássico.
O treinador também terá tempo para definir a equipe que cresceu nas duas partidas com as entradas de Everton e Toró. Mais contra a Chape que diante do Flu, porém a titularidade de Alexandre Pato pode e deve ser questionada. A diferença de intensidade é considerável, tanto no trabalho por dentro quanto pela esquerda. A transição ofensiva fica bem mais rápida com a dupla que tem saído do banco para colaborar com a melhora coletiva.
Uma das soluções possíveis para o São Paulo aumentar a consistência no desempenho. Ainda oscila demais, falha nos encaixes de marcação típicos do modelo de Cuca e a construção das jogadas também tem lacunas. Contra o Flu sofreu mais que o esperado e, a rigor, achou dois gols – falha do goleiro Muriel e pênalti apontado pelo VAR no final da partida.
Pode e deve melhorar com tempo para treinar. Mas a falta de jogos também apresenta o risco da desmobilização. A queda brusca do Palmeiras na volta da temporada é o exemplo de que o aspecto mental conta bastante.
A pausa forçada será boa? Um dos encantos do futebol e da vida é não ter respostas fáceis. A mais precisa sobre o futebol do São Paulo virá no "San-São" do dia dez de agosto.
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