Primeiro cansa, depois destrói! Liverpool atropela Arsenal em 15 minutos
O primeiro tempo em Anfield foi do Liverpool nitidamente com um plano para castigar o Arsenal: diante de um 4-3-1-2 que tinha como claro objetivo atrair o adversário e fazer Dani Ceballos acionar a velocidade de Pépé e Aubameyang na frente, muitas inversões de jogo para fazer as linhas compactas sem movimentarem.
Da esquerda para Alexander-Arnold pela direita, da direita procurando Robertson no lado oposto. O problema é que não gerava espaços para o trio de ataque se procurar, com Salah e Mané buscando as diagonais e Firmino trabalhando entre a defesa e o meio-campo do adversário. Restava insistir nos cruzamentos.
Mas o campeão europeu comandado por Jurgen Klopp é uma equipe versátil, completa. Pode machucar o adversário de várias formas. Mesmo levando alguns sustos, com o Arsenal saindo da pressão no próprio campo e acelerando com bolas longas as transições ofensivas com a dupla de ataque. Assim criaram as chances mais cristalinas nos primeiros 45 minutos.
Na jogada aérea com bola parada, o gol de Matip. Único do primeiro tempo de 63% de posse e 15 finalizações contra cinco. Muito volume de jogo que fez o rival correr atrás e se desgastar muito. Ainda tirando Ceballos do jogo. O meia espanhol contratado ao Real Madrid só apareceu em uma inversão errada que parou no pé de Mané e os Reds quase abriram o placar.
Na volta do intervalo, o correspondente futebolístico de Mike Tyson no auge colocando o oponente nas cordas. O Liverpool passou por cima alternando ataques em bloco com muita gente no campo adversário e rápidos contragolpes. O Arsenal não teve concentração, nem intensidade para reagir. Salah decidiu em bela cobrança de pênalti e na infiltração característica, da direita para o meio e batendo cruzado com o pé esquerdo. 3 a 0.
Depois foi administrar no "modo Klopp": sem baixar a guarda, porém trocando mais passes. O Arsenal de Unai Emery falhou no primeiro grande teste, valendo a liderança com 100% de aproveitamento. Mas valeu conferir a coragem de Pépé no enfrentamento com o gigante Van Dijk. O atacante contratado ao Lille é mais que promissor, só precisa combinar rapidez e eficiência no acabamento da jogada para brilhar na Premier League.
Mérito também por nunca desistir, com direito a diminuir a vantagem com o gol de Torreira, que entrou na vaga de Ceballos. Não desmanchar depois daqueles quinze minutos arrasadores foi uma demonstração de força. É possível ser ainda mais competitivo.
Já os Reds ainda têm boa margem de evolução. O time pode ser mais regular e consistente. Também eficiente, já que foram nada menos que 25 finalizações contra oito. Apenas cinco no alvo. Mas não há como questionar a qualidade da execução do plano de jogo: primeiro cansa, depois destrói! Agora são vinte jogos de invencibilidade na liga e 42 atuando em casa. O Liverpool de Klopp segue forte e com fome.
(Estatísticas: BBC)
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