Jogo reativo e erro com VAR. Vasco 2x0 São Paulo é retrato do nosso futebol
O Vasco se impôs no primeiro tempo em sua casa com novos refletores e lotado, mesmo depois de um goleada sofrida para o maior rival. Reagindo à posse de bola do São Paulo. Um 4-1-4-1 com Raul como uma espécie de "ponta-volante" pela direita abrindo o corredor para Yago Pikachu apoiar e também fechar o lado esquerdo do adversário que teve Léo na vaga do suspenso Reinaldo.
Marcação encaixada sobre o 4-2-3-1 armado por Cuca que novamente deu liberdade a Daniel Alves à frente de Tche Tche e Liziero. Muita pressão no adversário com a bola e transições rápidas buscando Marrony novamente adaptado ao centro do ataque e Talles Magno pela esquerda.
Até a mais que questionável expulsão de Raniel. Imprudente, sim, na disputa com o volante Richard. Mas claramente visando a bola. Lance para amarelo, no máximo. Anderson Daronco, que nem puniu inicialmente com cartão, foi nitidamente convencido por Jean Pierre, o árbitro de vídeo, a apresentar o vermelho. Mais um típico mau uso do VAR no futebol brasileiro.
Outro fenômeno em "terras brasilis": o time reativo se atrapalhar com a responsabilidade de atacar por jogar com um homem a mais. Adiantou as linhas de forma desorganizada e quase sofreu com Everton em contragolpe bem coordenado por Antony e Daniel Alves.
Mesma toada no início do segundo tempo. Cuca adiantou Daniel Alves como "falso nove" num 4-4-1 e se empolgou com a descoordenação da equipe cruzmaltina, já com Rossi na vaga de Andrey e trazendo Raul de volta ao centro do meio-campo. Os visitantes voltaram a avançar e controlar a posse, sonhando com a sexta vitória consecutiva no Brasileiro. Com isso cederam espaços para o oponente acelerar. Na velocidade, a jogada de Marrony para Talles e o cruzamento que Rossi completou para fora.
O Vasco acordou e abriu o placar. Na bola parada. Quase sempre a solução para quem sofre na articulação das jogadas. Escanteio, desvio de Castán e gol de Talles, primeiro no profissional do garoto de 17 anos que estava há pouco na base e agora duela com Juanfran em um clássico nacional. A senha para o São Paulo atacar e o Vasco retomar o domínio da partida com a mesma estratégia do início da partida.
Mas agora com um adversário abalado, desgastado e sem Antony, que saiu lesionado. O Vasco cresceu ainda mais com Fellipe Bastos na vaga de Marcos Júnior e Danilo Barcelos no lugar de Henrique. Passe do lateral, gol do meio-campista. Ambos saindo do banco.
Parte do triunfo de Luxemburgo sobre Cuca. De 14 finalizações contra apenas três do time que teve mais posse de bola, mesmo com um homem a menos (51%). Um fiel retrato do futebol brasileiro em São Januário.
(Estatísticas: Footstats)
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