São Paulo sofre com Dani Alves sacrificado no meio-campo. Dilema para Cuca
O empate sem gols no Morumbi cheio, quente e tenso pela queda de um torcedor das arquibancadas com os reservas do Grêmio reforçados por Everton são dois pontos perdidos para o São Paulo. Irrecuperáveis pelo contexto.
A equipe de Cuca teve mais posse que o time de Renato Gaúcho (52% x 48%) e finalizou 17 vezes, dez a mais que o adversário. Mas só quatro no alvo. A chance cristalina caiu nos pés de Vitor Bueno, improvisado no centro do ataque pelas ausências de Raniel, Pablo, Alexandre Pato e Toró. Um domínio errado e a oportunidade clara se foi.
Desempenho coletivo muito oscilante e dependente das ações individuais de Antony, que acabou expulso. Chegou a correr alguns riscos de sair derrotado pelos gaúchos que tinham qualidade na frente com Diego Tardelli e Luan, além do Cebolinha.
Novamente o problema no meio-campo. Desde o Palmeiras campeão brasileiro em 2016, Cuca procura escalar os jogadores mais dotados tecnicamente no setor. No São Paulo é clara a preferência por Tchê Tchê, Liziero e Daniel Alves. Justo, mas o posicionamento é bem discutível.
No 4-2-3-1, Daniel Alves joga como um autêntico camisa dez. Com liberdade atrás do centroavante, mas muitas vezes recebendo a bola de costas e participando apenas da última etapa de construção, onde a marcação é mais dura e os espaços ficam mais raros. Tudo para não perder a participação do trio na articulação. Tchê Tchê e Liziero revezam no apoio. Em tese uma solução que torna a criação menos previsível.
Mas sacrifica Dani Alves, que em tese seria muito mais participativo como meia pela direita num 4-1-4-1. Um "oito", como atuou muito bem no PSG em várias partidas. Mas teria que sacrificar um dos outros dois como um volante mais fixo à frente da defesa. Escolha complicada. Um dilema mesmo. Ainda que a lógica sugira sempre o melhor para o mais decisivo – o camisa dez, no caso.
O que fazer? A melhor resposta só pode vir da soma de treinamentos e jogos. Com possibilidades também de retornar Dani para a lateral direita – um desperdício na realidade do futebol brasileiro – ou posicioná-lo aberto na linha de meias num 4-4-2, como jogou na Juventus. A única certeza é que novamente não funcionou como poderia e o São Paulo deixou pontos pelo caminho.
(Estatísticas: Footstats)
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