Primeira vitória do Cruzeiro como visitante reforça queda do Corinthians
Os gols do Cruzeiro na Arena em Itaquera não foram exatamente construídos: mais um pênalti marcável, porém do tipo que exige que o defensor não tenha braços – Bruno Méndez, no caso, em disputa com Marquinhos Gabriel. Depois o lance de pura sorte, com Fagner tocando para trás em dividida e a bola chegando ao volante Ederson, voltando lentamente para o seu posicionamento. Posição legal pelo toque do adversário, drible no goleiro Walter e bola nas redes.
Na jogada bem engendrada no primeiro tempo, o cruzamento de Marquinhos Gabriel encontrou Fred livre, mas o camisa nove, que converteu o pênalti que empatou o jogo, perdeu chance ainda mais cristalina. Abel Braga novamente armou a equipe resgatando o desenho de Mano Menezes: um 4-2-3-1 com Robinho como "ponta armador" pela direita, Marquinhos Gabriel voltando pela esquerda formando duas linhas de quatro sem a bola e dando liberdade a Thiago Neves para se aproximar de Fred.
Mas com a agressividade que o contexto exige dentro da luta para fugir do Z-4. A mesma demonstrada na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo na quarta-feira, a primeira com Abel, que nitidamente transformou o ambiente, tirou o peso. Superando até a lesão de Dedé logo no início da partida.
O Corinthians vai na direção contrária. Desde o triunfo sobre o Vasco, já são cinco rodadas sem vencer. Consequência da queda no desempenho, que já não era bom, e gera pressão e críticas. Mesmo sem perder posições na tabela, o que pode acontecer nesta 27ª rodada. Fabio Carille admite o problema, mas sofre para encontrar soluções. Segue dependendo demais da dupla Fagner-Pedrinho e o gol do lateral parecia o início da construção de mais uma vitória magra, no limite.
O trabalho defensivo, porém, vem perdendo solidez e ficou ainda mais prejudicado pelas ausências dos suspensos Cássio e Gil, mais Manoel vinculado ao Cruzeiro. Não exatamente pelos gols sofridos, mas por conta da instabilidade que aumentou com os desfalques, mas já fez a equipe ser vazada em quatro partidas seguidas: dois de Athletico, Goiás e Cruzeiro, um do São Paulo. Sequência inédita no campeonato que coloca em risco o G-4.
Difícil vislumbrar uma evolução imediata. Talvez a semana "cheia" para trabalhar, artigo raríssimo nos últimos tempos, possa ajudar. Mas a confiança está abalada e as mudanças seguidas na formação, compreensíveis pelo fraco rendimento, também complicam o ajuste do modelo que sofre para criar espaços e desarticular a marcação adversária.
Melhor para o Cruzeiro, que respira. Dorme fora do Z-4 e torce para que Ceará e CSA não vençam como visitantes Bahia e Botafogo, respectivamente. Ainda pode encostar no Fluminense, que encara o líder Flamengo. A primeira vitória como visitante na competição chega como esperança no meio do caos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.