Messi continua mascarando a mentira que é o Barcelona de Valverde
Lionel Messi se lesionou na pré-temporada, recuperou, voltou a se contundir e o Barcelona mostrou toda sua dependência ao ficar temporariamente de fora da zona de classificação para a Liga dos Campeões no Espanhol e, com Messi saindo do banco, empatou sem gols com o Borussia Dortmund na estreia do torneio continental. Também foi derrotado pelo Granada por 2 a 0. Voltou desde o início na virada sobre a Internazionale, marcando o gol da vitória, mas voltou a se contundir na vitória sobre o Villareal por 2 a 1.
Retorno na goleada sobre o Sevilla (4 a 0) e, enfim, uma sequência contra Eibar (3 a 0) e os 2 a 1 sobre o Slavia Praga. Vitórias como visitante que restabelecem a verdade, ou a realidade, do Barça na temporada. É líder de La Liga e também do duro Grupo F da Champions. Com gols em todas as partidas do gênio e atual The Best da FIFA. Já tem três gols e o mesmo número de assistências em cinco aparições desde o início.
Impressionante como o camisa dez consegue mascarar a mentira que é a equipe comandada por Ernesto Valverde já há duas temporadas. Mesmo com Frenkie De Jong reoxigenando o meio-campo na função que era de Rakitic: o meia pela direita que dá suporte ao lateral direito atacando e defendendo para dar liberdade a Messi.
Griezmann tenta se readaptar ao lado esquerdo, se sacrificando até no retorno para ajudar Jordi Alba na recomposição. E os veteranos Piqué, Busquets e Suárez oscilam e muitas vezes comprometem a intensidade em alto nível, além de Messi que participa pouco sem a bola.
Mas com ela o argentino segue fazendo a diferença. Ou carregando o time nas costas mesmo. Recua, pensa, articula, arranca, serve ou finaliza. Várias vezes no jogo, ainda que não tenha alcançado a excelência do "padrão Messi". Por mais que se entenda que uma equipe dependa do talento de um dos melhores da história do esporte, Valverde poderia fazer mais e melhor.
O Barcelona sofre mais do que poderia com o potencial de seu elenco, inclusive em Praga contra o time mais fraco do grupo – em mais um lamentável caso de racismo contra Semedo e ameaças ao colega Marcelo Bechler no estádio. Menção honrosa a Ter Stegen, outro que vem compensando os muitos problemas coletivos com defesas espetaculares. E o conservadorismo de Valverde fez o jovem Ansu Fati perder o espaço que ganhou com desempenho no campo. Difíci entender.
Só não é nada complicado constatar o óbvio: só Messi para fazer de uma equipe instável e descoordenada a força competitiva no país e no continente capaz de brigar pelos títulos. Mas até quando o melhor do mundo resiste?
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