Athletico supera perda de Tiago Nunes e se afirma como segundo da temporada
Um time que não está entre os maiores orçamentos do país, sem tanta visibilidade midiática e pressão, que perdesse seu treinador na reta final da temporada e já estivesse com a missão mais que cumprida, com título relevante conquistado e a vaga na fase de grupos da Libertadores garantida, provavelmente "fecharia para balanço" e já começaria a planejar o ano seguinte.
O Athletico até pensa em 2020, mas mantendo o nível competitivo. A "despedida" de Tiago Nunes antes de partir para o Corinthians foi com vitória em casa sobre o CSA por 1 a 0. Com o desmanche da comissão técnica, já que Tiago levou auxiliares, preparador físico e até analista de desempenho, Eduardo Barros assumiu.
Diretor das divisões de base e ex-auxiliar de Rafael Guanaes no time sub-23. campeão paranaense, o interino não tinha muito a fazer, senão manter as características da equipe: intensidade e versatilidade para se adaptar ao que pede o jogo, sabendo trabalhar com posse ou apelando mais para o jogo direto. Também iniciar a transição para a próxima temporada.
Dando oportunidades a jovens como Vitinho, Erick, Khellven e Abner Vinicius, aproveitando o melhor de Thonny Anderson, que deve voltar ao Grêmio depois do empréstimo para ganhar rodagem, e resgatando Camacho após um gancho de seis meses por doping. Superando a perda de Renan Lodi para o Atlético de Madrid e tentando segurar Rony, Bruno Guimarães e o goleiro Santos, os destaques da temporada.
Com elenco reoxigenado dosando juventude e experiência, o Athletico aproveitou o "vácuo" deixado pela irregularidade de Corinthians, São Paulo, Internacional e Bahia e subiu para a quinta colocação, com 56 pontos. Desde a chegada de Barros, o time empatou sem gols com o Cruzeiro na estreia de Barros e venceu por 1 a 0 São Paulo e Atlético Mineiro fora e Botafogo na Arena da Baixada. A equipe não sofre gols desde o empate com o Internacional por 1 a 1 no Beira-Rio, na 29ª rodada.
A série invicta já acumula nove partidas, desde a derrota em casa por 2 a 0 para o campeão Flamengo. Justamente o único time que supera na temporada o Athetico, que foi campeão da Copa do Brasil impondo o único revés até aqui do time de Jorge Jesus, vencendo a disputa de pênaltis nas quartas de final depois de empates por 1 a 1.
Ainda com título estadual e campanha sólida no Brasileiro, que deve transformar o G-6 em G-8 com o título do Fla também na Libertadores, o time paranaense se firma como o segundo melhor do país. Ou com os resultados mais expressivos, só abaixo do "meteoro" rubro-negro do Rio de Janeiro.
Superando perdas e se reinventando sem abandonar a filosofia. Longe dos holofotes e das grandes receitas. Não é pouco e merece muito respeito.
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