Vasco chega a 120 mil sócios! Torcida agora tem que fidelizar e fiscalizar
A promoção de Black Friday e uma enorme mobilização nas redes sociais fizeram o Vasco aumentar o número de sócios-torcedores de 33 mil para 120 mil em uma semana! Já ultrapassou o Atlético Mineiro e, com a extensão do período de desconto de 50% até o final do Brasileiro, deve encostar ou até superar os 140 mil do rival Flamengo, líder no país.
Um enorme feito! Com o plano "Caldeirão", que caiu de R$24,98 para R$12,49, como o de maior adesão dos novos sócios, o Vasco espera ter um incremento de R$1,8 milhão na receita, chegando a cerca de 3,1 milhões no total por mês, e planeja estabilizar o pagamento dos salários de atletas e funcionários.
Ótima notícia para quem já trabalha com a torcida na modernização de São Januário e na construção do Centro de Treinamentos. Mais gente no estádio com a facilidade para conseguir ingressos significa maior receita em dias de jogos e também ajuda na capacidade de competir do time em seus domínios. Equipe forte e clube planejado trazem credibilidade e, consequentemente, novos patrocinadores, bons jogadores…
A primeira grande chave agora é a fidelização. Quantos vão permanecer daqui a seis meses, quando os planos voltarem aos preços originais? É muito comum nessas mobilizações pessoas que aderem no entusiasmo, para fazer número, e depois, sorrateiramente, param de pagar e deixam o clube na mão. Quem ama não abandona!
A outra é a fiscalização do que será feito com a nova receita. Exigir transparência da direção para não despertar nenhuma desconfiança e o torcedor poder conferir o resultado da sua ajuda. Sem imediatismo exigindo contratações milionárias e grandes títulos já em 2020, mas atento a cada passo da reconstrução. Quem ama cuida!
E daí que a mobilização tenha se dado logo depois das conquistas nacional e continental do Flamengo? A rivalidade sempre foi e sempre será combustível. Em 1998, o presidente Edmundo Santos Silva foi eleito no Fla com um discurso baseado na formação de um time forte para competir com o então dominante Vasco, campeão carioca e da Libertadores naquele ano e brasileiro em 1997.
O melhor cenário é aquele em que um puxa o outro para cima. Certamente os rubro-negros darão uma resposta para não permitir que o clube seja ultrapassado. Positivo, inclusive para melhorar o próprio plano de sócio-torcedor. Todos ganham com a concorrência em alto nível e a rivalidade sadia. Sem ódio, teorias de conspiração e recalques. E a violência tem que passar longe.
O Vasco deve seguir honrando sua história e trazendo seu povo para trabalhar junto. Assim foi há quase um século na construção de São Januário, agora para se modernizar e seguir gigante, não só no coração do cruzmaltino apaixonado.
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